Diversas marcas locais e importadas de salgadinhos e chips saborizados em prateleira de supermercado/ Crédito: TY Lim (Shutterstock)
Alimentos ultraprocessados contêm substâncias sintéticas, como corantes, aromatizantes e conservantes, e geralmente são ricos em açúcares, gorduras e sódio, mas pobres em nutrientes. Refrigerantes, salgadinhos, bolachas recheadas e refeições congeladas são exemplos destes produtos.
Diversas pesquisas já demonstraram que o consumo aumenta as chances de obesidade, diabetes, doenças cardíacas e até mesmo acelera o declínio cognitivo. Mas um novo trabalho agora revelou efeitos prejudiciais na saúde reprodutiva, mesmo quando eles não são consumidos em excesso.
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Ainda segundo os pesquisadores, foi observado um aumento do nível do composto cxMINP, um tipo de ftalato associado à desregulação hormonal. Estas substâncias pertencem a um grupo de poluentes chamados disruptores endócrinos, uma vez que conseguem interferir no funcionamento dos hormônios humanos.
No estudo, os homens que consumiram a dieta ultraprocessada apresentaram níveis significativamente maiores de cxMINP na urina. Esse aumento, que pode bloquear a ação hormonal, afetando processos como crescimento, metabolismo e reprodução, foi acompanhado de uma queda na testosterona e no hormônio folículo-estimulante (FSH), ambos essenciais para a produção de espermatozoides.
A conclusão do trabalho é que os danos causados pelos ultraprocessados não se limitam ao excesso de calorias. O próprio processo industrial de fabricação dos alimentos, que inclui aditivos, embalagens plásticas e transformações químicas, pode ter impacto negativo na nossa saúde.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de setembro de 2025 11:39