(Imagem: Yurii Onyshchenko/Shutterstock)
William Shakespeare é considerado um dos maiores nomes da história do teatro. Nascido em 1564, ele foi poeta, dramaturgo e ator. Suas peças, criadas para uma pequena companhia entre os séculos 16 e 17, são hoje encenadas e lidas com uma frequência em países que dificilmente ele teria imaginado.
Mesmo com a fama, não sabemos muito sobre a vida de Shakespeare fora do teatro e sobre sua morte, em 1616. Até hoje, o motivo do falecimento é desconhecido, com apenas sugestões. Um escrito feito por um vigário de Stratford fala sobre uma possível bebedeira de Shakespeare e alguns amigos.
Shakespeare, Drayton e Ben Jonson tiveram um encontro alegre, e parece que beberam demais, pois Shakespeare morreu de uma febre contraída ali.
Apesar da declaração do padre, muitos estudiosos acreditam que o dramaturgo faleceu de tifo, doença transmitida por picadas de piolho e muito comum naquela época.
Ele foi sepultado na Igreja da Santíssima Trindade, em Stratford-upon-Avon, mesmo local onde foi batizado. E em sua lápide, o poeta deixou uma maldição em forma de poema.
Bom amigo, pelo amor de Jesus, não se apresse em cavar a poeira aqui encerrada. Abençoado seja o homem que poupar estas pedras, e amaldiçoado seja aquele que mover meus ossos.
William Shakespeare, em sua lápide
Se a maldição funcionou ou não, ninguém sabe, mas seus ossos foram mexidos. 400 anos depois, arqueólogos descobriram que o crânio do dramaturgo pode ter desaparecido.
De acordo com o site IFLScience, a equipe acreditava que Shakespeare e Anne Hathaway tinham sido enterrados em uma cripta subterrânea, mas, depois de examinar as sepulturas, descobriram que eles foram sepultados em covas rasas, logo abaixo do piso da igreja. Ao escanear o local, identificaram “sinais de perturbação”. Basicamente, a cova tinha sido remexida.
Nos deparamos com algo muito estranho. Concluímos que há sinais de perturbação, de material sendo escavado e recolocado”, comentou Kevin Colls, arqueólogo da Universidade de Staffordshire, em comunicado de 2016, época em que as investigações começaram.
Na época, a equipe arqueológica encontrou “uma estrutura de tijolos muito estranha” na sepultura, indicando que, “em algum momento da história, alguém entrou e levou o crânio de Shakespeare”, afirmou Colls.
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Até agora, ninguém sabe o que pode ter acontecido com o crânio de Shakespeare e, apesar das buscas, as chances dele ser encontrado são muito pequenas.
Esta post foi modificado pela última vez em 7 de setembro de 2025 11:30