Vítimas em potencial pode ter chegado a 250 (Imagem: TwinD/Shutterstock)
Combater os crimes cibernéticos é um dos principais desafios das autoridades de segurança do mundo todo. Com a popularização da inteligência artificial, a atuação dos criminosos se tornou ainda mais perigosa e de difícil detecção.
Isso não significa que eles não sejam rastreáveis. Uma megaoperação coordenada pela Interpol em 40 países e territórios resultou na recuperação de US$ 342 milhões (cerca de R$ 1,8 trilhão), além de US$ 97 milhões (mais de R$ 515 milhões) em ativos físicos e virtuais.
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Em Portugal, as autoridades desmantelaram um sindicato que envolvia vários grupos interligados que desviavam fundos destinados a apoiar famílias vulneráveis. No total, 45 suspeitos foram presos por acessar ilegalmente contas de previdência social e alterar dados bancários, o que resultou no roubo de 228 mil euros (cerca de R$ 1,4 milhão) de 531 vítimas.
Já na Tailândia, foram apreendidos US$ 6,6 milhões (R$ 35 milhões) em ativos roubados, marcando a maior recuperação de um único caso no país até o momento. Os golpistas atuavam no comprometimento de e-mails comerciais e conseguiram até enganar uma grande corporação japonesa para transferir fundos para um parceiro de negócios fictício com sede em Bangkok.
Ações contra os crimes cibernéticos foram realizadas também no Brasil. Por aqui, um grupo criminoso envolvido em fraudes bancárias foi desarticulado. A Interpol não divulgou maiores informações sobre a operação realizada por aqui.
Embora muitas pessoas acreditem que os fundos perdidos em fraudes e golpes são muitas vezes irrecuperáveis, os resultados das operações da HAECHI demonstram que a recuperação é realmente possível. Este é um excelente exemplo de como a cooperação global pode proteger as comunidades e salvaguardar os sistemas financeiros.
Theos Badege, diretor do Centro de Crimes Financeiros e Anticorrupção da Interpol
Esta post foi modificado pela última vez em 24 de setembro de 2025 14:56
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