Imagem: zef art/Shutterstock
Os chamados “biobancos” são espaços utilizados para armazenar células animais a -196°C, a temperatura do nitrogênio líquido. Esse trabalho é fundamental para garantir a preservação de espécies ameaçadas de extinção e da diversidade de uma forma geral.
Em artigo publicado no portal The Conversation, James Edward Brereton, estudante de doutorado da Universidade Nottingham Trent, na Inglaterra, aborda alguns desafios relacionados a este processo. E propõe algumas mudanças na abordagem dos cientistas.
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A União Internacional para a Conservação da Natureza, uma organização dedicada a avaliar o status de ameaça à vida selvagem, estabeleceu seu grupo de especialistas em Biobanco de Animais para Conservação em 2022. Esta rede visa promover a cooperação e uma abordagem mais ampla do biobanco, que até agora tem sido realizada numa base individual e organizacional.
Permitir que os cientistas coordenem seus esforços internacionalmente pode ajudar as organizações de criobanco a serem mais estratégicas na aquisição de material genético, evitando a duplicação de amostras e identificando espécies em risco de serem deixadas de fora.
James Edward Brereton, estudante de doutorado da Universidade Nottingham Trent
No entanto, o pesquisador defende que também é preciso pensar em espécies que não estão criticamente ameaçadas no momento, mas que podem se tornar no futuro. Ele lembra que momento em que um grupo corre o risco de desaparecer, a diversidade genética dessa população já diminuiu significativamente.
Se coletarmos amostras de animais que ainda não estão criticamente ameaçados, essas amostras provavelmente se tornarão valiosas no futuro. Em última análise, precisamos de um plano unificado para não permitir que o preconceito e a falta de estratégia moldem quais espécies veremos no futuro.
James Edward Brereton, estudante de doutorado da Universidade Nottingham Trent
Esta post foi modificado pela última vez em 24 de setembro de 2025 11:16