Ciência e Espaço

Há 40 milhões de anos, um asteroide pode ter gerado tsunami de 100m

Descoberta em 2002, a cratera Silverpit fica a 700 metros de profundidade, no Mar do Norte. Ela tem 3 quilômetros de largura e é cercada por diversas falhas geológicas, o que tem sido motivo de debate entre os cientistas há anos.

Estudos iniciais sugeriram que trata-se de uma cratera de impacto. No entanto, teorias alternativas apontavam que a estrutura é resultado da atividade vulcânica na área. Uma discussão que pode ter sido encerrada após a descoberta de novas evidências.

Estudo revela o que causou a formação de uma enorme cratera no fundo do Mar do Norte (Imagem: mr_tigga/Shutterstock)

Confirmação da teoria da cratera de impacto

  • Uma pesquisa publicada na revista Nature Communications afirma que a cratera foi causada por um impacto de asteroide há cerca de 43 milhões de anos.
  • A conclusão foi divulgada após uso de imagens sísmicas, análise microscópica de cortes de rochas e adoção de modelos numéricos.
  • Os pesquisadores explicam que amostras de um poço de petróleo na área também revelaram raros cristais de quartzo e feldspato na mesma profundidade da cratera.
  • Isso provaria a hipótese de uma cratera de impacto.

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Impacto aconteceu há cerca de 43 milhões de anos (Imagem: MattL_Images/Shutterstock)

Asteroide de 160 metros caiu no mar

Segundo o novo estudo, a cratera teria sido formada após um asteroide de 160 metros de largura cair no fundo do mar. A colisão criou uma cortina de rocha e água de 1,5 km de altura que depois desabou no mar, gerando um tsunami de mais de 100 metros de altura.

Os cientistas ainda explicam que a descoberta de uma cratera de impacto excepcionalmente preservada é algo raro. Isso porque a movimentação das placas tectônicas e a erosão destroem quase todos os vestígios da maioria desses eventos.

Impacto teria provocado tsunami de 100 metros de altura (Imagem: FOTOKITA/iStock)

No total, cerca de 200 crateras de impacto já foram identificadas em terra, e apenas cerca de 33 foram localizadas sob o oceano. A equipe espera agora usar os mesmos métodos para identificar eventos semelhantes em outras partes do nosso planeta.

Esta post foi modificado pela última vez em 24 de setembro de 2025 09:52

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Publicado por
Alessandro Di Lorenzo
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