Imagem: Corona Borealis Studio/Shutterstock
Um grupo de pesquisadores fez uma descoberta e tanto durante trabalho de recolhimento de amostras de água do rio Paraguai, no Pantanal. Eles identificaram um novo vírus, considerado o maior com cauda já descrito até hoje.
Batizado de Naiavírus, ele mede cerca de 1.350 nanômetros (nm). Isso é imperceptível a olho nu, claro, mas o número chama a atenção por ser muito maior do que o comum para estes organismos (de 20 a 200 nm).
Segundo informações da Agência FAPESP, o grupo de pesquisa analisou 439 amostras até encontrar sinais do vírus no município de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul. Os pesquisadores explicam que, diferente dos patógenos que provocam doenças em humanos, como o da gripe ou o coronavírus, o Naiavírus infecta apenas amebas.
Além do tamanho incomum, ele tem um corpo envolto por uma espécie de “manto” e uma cauda flexível que se dobra e se alonga. Ela funciona como uma ferramenta para se aproximar das amebas e facilitar a infecção.
Outro ponto destacado pela equipe é o tamanho do genoma do vírus: quase 1 milhão de pares de bases de DNA. Muitos genes não têm semelhança com nada já registrado, com funções que antes se acreditava só existirem em células complexas, como bactérias e eucariotos. Isso pode ser resultado do processo de evolução.
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Esta post foi modificado pela última vez em 25 de setembro de 2025 12:16