Imagem: KinoMasterskaya/Shutterstock
Ninguém gosta de sentir medo, mas esse sentimento é fundamental para a sobrevivência. Esta é a forma de preparar o corpo para reagir a ameaças, o que nos permite tomar decisões mais prudentes e até superar desafios.
No entanto, nem todas as pessoas reagem dessa forma. É o caso dos pacientes diagnosticados com a doença de Urbach-Wiethe. Esta condição genética é extremamente rara, sendo identificada em apenas cerca de 400 indivíduos.
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Os pesquisadores explicam que a amígdala parece ser crucial para o condicionamento do medo. Experimentos com roedores mostram que os animais que sofrem um choque elétrico imediatamente após um ruído aprendem a congelar quando apresentados apenas ao ruído. Pacientes com a doença, no entanto, não experimentam batimentos cardíacos acelerados e ondas de adrenalina quando expostas a um estímulo que já foi associado à dor.
Já quando se trata de ameaças externas, a amígdala age direcionando as outras partes do cérebro e do corpo para produzir uma resposta. Primeiro, ele recebe informações das áreas do cérebro que processam a visão, o olfato, o paladar e a audição. Ao detectar uma ameaça, ela envia mensagens para o hipotálamo, uma região logo acima da nuca, que então se comunica com a glândula pituitária, que por sua vez faz com que as glândulas supra-renais liberem cortisol e adrenalina na corrente sanguínea.
Mas o processo é diferente no caso de ameaças internas, como detectar níveis elevados de CO2 no sangue. Nestes cenários, o tronco cerebral, região que regula as funções corporais inconscientes, como a respiração, que detecta o aumento do CO2, inicia uma sensação de pânico. A amígdala freia essa resposta, evitando o medo, embora ninguém saiba ao certo a explicação para isso.
Esta post foi modificado pela última vez em 25 de setembro de 2025 15:12