(Imagem: SIVStockStudio/Shutterstock)
Os microplásticos estão presentes em praticamente todos os lugares, sendo identificados no solo e até mesmo na água. Pesquisas indicam que, desde 1990, o consumo destas pequenas partículas aumentou seis vezes, realidade que pode ser comprovada pela presença delas em diversos órgãos humanos.
Apesar dos alertas, ainda não sabemos ao certo qual o impacto destes materiais na nossa saúde. De acordo com um novo estudo, eles podem afetar os nosso ossos, sendo responsáveis pelo aumento dos casos de osteoporose em todo o mundo.
De acordo com os pesquisadores, os microplásticos podem interromper o funcionamento das células-tronco da medula óssea, essenciais para manter e reparar o tecido ósseo. Isso pode gerar uma condição chamada osteoporose, levando ao enfraquecimento dos ossos e a maior probabilidade de fratura. A conclusão foi apresentada em estudo publicado na revista Osteoporosis International. Nele, a equipe revisou 62 artigos científicos que realizaram vários testes de laboratório e em animais sobre os possíveis efeitos dos micro e nanoplásticos nos ossos.
As análises revelaram que os microplásticos estimulam a formação de osteoclastos, células criadas na medula óssea que degradam o tecido ósseo para promover a reabsorção. Neste processo o corpo se decompõe e elimina ossos velhos ou danificados. Ao mesmo tempo, as partículas induzem o envelhecimento celular prematuro, modificando a expressão gênica e desencadeando respostas inflamatórias.
A combinação desses efeitos gera um desequilíbrio no qual os osteoclastos destroem mais tecido ósseo do que é regenerado, causando um enfraquecimento acelerado da estrutura óssea. Além disso, os pesquisadores descobriram que o acúmulo de microplásticos no corpo diminui a contagem de glóbulos brancos, o que sugere alterações na função da medula óssea.
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Esta post foi modificado pela última vez em 29 de setembro de 2025 11:22