Estamos enfrentando grandes desafios globais nos últimos tempos. A pandemia de Covid-19, sem dúvida, é um deles. O mundo foi assolado pelo vírus Sars-CoV-2, que teve início na China, em 2019, e rapidamente se espalhou por quase a totalidade do planeta, onde segue fazendo estragos até os dias de hoje. Só no Brasil, já são cerca de 525 mil vítimas fatais da doença, num total acumulado de mais de 18,5 milhões de casos. Para completar o quadro trágico, estamos atravessando, simultaneamente, a maior crise hídrica da história.
Assim como o novo coronavírus, o problema da água ocorre em todo o planeta. Mas, também como o mortal agente infeccioso, a crise hídrica ganha contornos mais evidentes em países pobres e em desenvolvimento, embora atinja também as grandes potências mundiais, de alguma forma. E os efeitos dessa crise são, e tendem a continuar sendo, cada vez mais letais sobre milhões de pessoas, especialmente, os mais vulneráveis.

Com a Revolução Industrial, ocorrida no mundo a partir de meados de 1760, e, no Brasil, no fim do século XIX e início do século XX, o estilo de vida do ser humano começou a mudar em ritmo muito acelerado. Em consequência, as emissões de gases nocivos à atmosfera foram crescendo desenfreadamente, bem como outras alterações no meio ambiente provocadas pelo homem.
Especialistas alertam que, se a humanidade não tomar atitudes efetivamente capazes de conter esse avanço, será impossível ter uma sobrevivência sustentável nas próximas décadas.