O início de maio foi marcado por auroras impressionantes que aconteceram em regiões de baixa latitude. E agora alguns pesquisadores apontam que testemunhamos o maior espetáculo de luz dos últimos 500 anos.

Para quem tem pressa:

publicidade
  • No final de semana do dia 10 de maio, uma tempestade geomagnética causou auroras em latitudes muito mais baixas que o normal;
  • Os pesquisadores acreditam que as auroras avistadas podem entrar entre as mais fortes dos últimos 500 anos;
  • No entanto, para afirmar isso com certeza é preciso coletar muitos dados de avistamento e depois desenvolver um modelo de clima espacial;
  • Esses estudos serão provavelmente realizados por anos.
Aurora austral no céu da Floresta Kuitpo, no sul de Adelaide Hills, Austrália. Crédito: Simon Deluca-Cardillo

As auroras aconteceram no final de semana do dia 10 de maio devido a uma tempestade geomagnética do nível G5, a mais forte desde o Halloween de 2003. A tempestade foi causada por erupções solares que surgiram repetidamente de duas regiões de manchas, entre os dias 3 e 9 de maio. Algumas delas atingiram a atmosfera terrestre, quase todas ao mesmo tempo.

A tempestade geomagnética desencadeada por essas erupções foi tão forte que a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA emitiu seu alerta pela primeira vez em quase duas décadas e a NASA tomou medidas para proteger seus satélites.

publicidade

As auroras causadas por essa forte tempestade geomagnética puderam ser avistadas por pessoas no sul da Flórida, nos Estados Unidos, em Ladakh, no norte da Índia, e no sul da Austrália, regiões de latitudes mais baixas que o normal.

Com relatos de auroras visíveis até 26 graus de latitude magnética, esta tempestade recente pode competir com alguns dos avistamentos de auroras de latitude mais baixa já registrados nos últimos cinco séculos, embora os cientistas ainda estejam avaliando esta classificação.

NASA, em comunicado

Leia mais:

publicidade

Os avistamentos de auroras estão sendo mapeados

Aurora austral registrada em em Ushuaia, na Argentina, no domingo (12), deixando o céu noturno cor de rosa e vermelho em razão da tempestade geomagnética extrema. Crédito: Reprodução X (Twitter)

Delores Knipp, professora pesquisadora da Universidade do Colorado em Boulder que se concentra no clima espacial, no comunicado, apontou ser difícil analisar auroras que aconteceram ao longo do tempo devido às mudanças que estão sempre ocorrendo nas tecnologias. É difícil medir perfeitamente a visibilidade desses espetáculos de luzes, por causa disso os pesquisadores têm estudado relatórios enviados por cientistas cidadãos, para compreender melhor a extensão dos avistamentos.

Os dados são agregados em um mapa, o que permite aos cientistas estudarem o evento e incorporá-los em modelos espaciais climáticos. Acredita-se que o estudo desses eventos deverão ser estudados por anos.

publicidade

Atualmente o aglomerado de manchas solares que causou as erupções e a tempestade geomagnética saiu da nossa vista, mas segundo os cientistas os efeitos das explosões já começaram a afetar Marte.