A Medicina definiu qual seria a pior dor do mundo. E ela é causada por uma doença. A neuralgia do trigêmeo ocorre por uma disfunção do nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade do rosto. E o nervo recebe esse nome justamente por se dividir em 3 ramificações: uma vai para a região dos olhos, outra para o nariz e a última para a mandíbula. Ou seja, pega o rosto inteiro.

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A doença pode começar por uma má formação no nervo ou devido a outras enfermidades, como tumores. E a dor é algo quase inimaginável. Ela vem por meio de crises, que podem durar de poucos segundos a minutos. O mais grave é que podem ser centenas de crises por dia.

A estudante de Medicina Veterinária Carolina Arruda enfrenta essa doença há 11 anos e conta nas redes sociais o que ela sente com a neuralgia do trigêmeo:

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A história da Carolina

  • Ela conversou com a BBC e a revista Marie Claire e contou sua comovente história.
  • Carolina tinha apenas 16 anos quando sentiu a dor pela primeira vez.
  • À época, porém, ela não deu tanta atenção, já que a sensação passou muito rapidamente.
  • Além disso, ela havia se recuperado há poucas semanas de uma dengue e estava grávida de 4 meses.
  • Imaginou que podia ter relação com uma dessas coisas.
  • Mas não. As dores voltaram e ela foi ao hospital. Centenas de vezes.
  • E não é força de expressão, é literal – a estudante foi mais de 100 vezes a médicos para descobrir o que tinha.
  • Demorou longos 4 anos para receber o diagnóstico correto.
  • Hoje com 27 anos, Carolina continua demonstrando uma força incrível para lidar com a sua condição.
  • Ela conta que não consegue trabalhar e precisa passar a maior parte do dia deitada para evitar as crises de dor que, de tão intensas, causam vômitos e desmaios.
  • Às vezes, a intensidade da dor faz com que ela grite ou chore também.
A estudante Carolina Arruda em uma de suas idas ao hospital – Imagem: Reprodução/Instagram

E não há cura?

Segundo os neurologistas, não se fala em cura para a doença, mas sim em controlar as crises de dor. O tratamento varia de acordo com a situação de cada paciente e, na maioria dos casos, são indicados medicamentos.

Cirurgia para correção do nervo trigêmeo ou para fazer com que veias e artérias não encostem mais nele são indicadas para algumas pessoas apenas. Por sua baixa eficácia. Carolina, por exemplo, já passou por três desses procedimentos, mas nenhum deles deu certo.

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Para saber mais sobre a vida da Carolina, você pode acompanhá-la nas redes sociais – o perfil dela está no vídeo acima.

Os médicos estimam que apenas 5 em cada 100 mil pessoas tenham neuralgia do trigêmeo. Ela é mais comum em pessoas mais velhas, mas pode atingir também os jovens, como o caso da estudante.

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Estudo quer determinar padrão normal de pressão intracraniana
Os médicos recomendam que você fique atento a quaisquer alterações no corpo – Imagem: dragana991/iStock

Um dos especialistas ouvidos pela BBC alerta que alguns dos pacientes nem sabem que têm essa condição. Se a dor for mais amena, eles podem confundir com uma sinusite ou uma questão odontológica.

Por isso é importante falar mais sobre a neuralgia do trigêmeo. Informação nunca é demais. Ajudar quem precisa também não.

As informações são da BBC.