Como definir o tempo? No início do século XX, Albert Einstein revolucionou a nossa concepção ao defender que ele depende da velocidade do observador e do campo gravitacional ao qual ele está sujeito, fenômenos que foram demonstrados experimentalmente. Mas segundo uma teoria da física moderna, o tempo não avança e, em grande parte, é apenas uma ilusão.

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Passagem do tempo pode não ser real (Imagem: rck_953/Shutterstock)

Física não explica o tempo como algo fluido

  • O tempo, ao contrário do espaço, flui.
  • Os eventos passados já aconteceram e os futuros ainda não.
  • Dessa forma, apenas o presente existe de fato.
  • No entanto, não há nada na física que comprove que o tempo flui dessa maneira.
  • É por isso que alguns cientistas defendem que a passagem do tempo é provavelmente uma ilusão.
Representação do tempo passando (Imagem: Andrey_Popov/Shutterstock)

Entropia pode ser a explicação dessa “ilusão”

Para entender a teoria é preciso compreender a chamada “seta do tempo”. Quando deixamos um ovo cair no chão, por exemplo, ele se quebra. Mas nunca acontece de os pedaços se recomporem espontaneamente e o ovo pular de volta para as nossas mãos. 

Isso faz parte do segundo princípio da termodinâmica, segundo o qual “a entropia sempre tende a aumentar”. A entropia é algo semelhante à desordem em um sistema físico. Há muito mais estados desordenados do que estados ordenados e, portanto, a evolução sempre tende a desordenar os sistemas

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O Universo na época do Big Bang tinha entropia muito baixa, ou seja, muito pouca desordem. Ninguém sabe por que esse fato crucial aconteceu, mas foi graças a ele que a entropia pôde aumentar e a seta do tempo com a qual estamos familiarizados se originou. Os cientistas explicam que a entropia só aumentou por meio de processos irreversíveis, como o ovo quebrando.

Essa é também a razão pela qual os registros e memórias do passado são formados. Se uma pedra cai na lama em vez de na água, as ondas geradas permanecem “congeladas”, fornecendo um registro, que é sempre um evento no passado.

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O mundo, de fato, está repleto desses vestígios do passado: crateras na Lua, fósseis, construções humanas e assim por diante. Pela mesma razão, relacionamos os registros em nosso cérebro a eventos passados que os “causaram”. E é isso que produz a sensação psicológica de que viajamos do passado (baixa entropia) para o futuro (alta entropia).

Em outras palavras, esta série de fatores faz com que exista uma percepção de que o passado já aconteceu, mas o futuro ainda não. Mas segundo as leis da física, essa interpretação é equivocada. As informações são do The Conversation.