As estrelas são elementos fascinantes do universo. Elas são imensas esferas de plasma incandescente que iluminam o cosmos e desempenham um papel fundamental na formação e evolução de galáxias, sistemas planetários e, eventualmente, na criação das condições necessárias para a vida. Mas, você já se perguntou quais são os diferentes tipos de estrelas que existem?

Leia também:

publicidade

Estrelas de Sequência Principal

A maioria das estrelas que observamos no céu noturno pertence à sequência principal. Esses tipos de estrelas estão na fase mais longa e estável de suas vidas, onde fundem hidrogênio em hélio em seus núcleos, liberando uma imensa quantidade de energia. A sequência principal é um conceito chave no diagrama de Hertzsprung-Russell (HR), uma ferramenta fundamental na astronomia que classifica estrelas com base em sua luminosidade e temperatura.

Estrelas de Classe O e B

As estrelas de classe O e B são algumas das mais quentes e massivas na sequência principal. Elas têm temperaturas superficiais que variam de 10.000 a 50.000 Kelvin e são extremamente luminosas, muitas vezes emitindo uma luz azulada. Devido à sua alta massa, essas estrelas consomem seu combustível de hidrogênio muito rapidamente, vivendo apenas alguns milhões de anos antes de explodirem como supernovas.

publicidade

Estrelas de Classe A e F

Tipos de estrelas de classe A e F são um pouco menos quentes e massivas do que as de classe O e B, com temperaturas que variam entre 7.500 e 10.000 Kelvin. Elas brilham com uma luz branca ou azul-branca e também são bastante luminosas. Um exemplo famoso de uma estrela de classe A é Sirius, a estrela mais brilhante no céu noturno.

Ilustração de uma estrela anã branca
Imagem artística representando resto de uma estrela morta. Imagem: Nazarii_Neshcherenskyi/Shutterstock

Estrelas de Classe G

As estrelas de classe G são estrelas de temperatura média, variando entre 5.000 e 6.000 Kelvin, e incluem a nossa própria estrela, o Sol. Essas estrelas têm uma vida útil mais longa, de até 10 bilhões de anos, proporcionando tempo suficiente para a vida evoluir em planetas orbitando ao redor delas. Estrelas de classe G brilham com uma luz amarela-branca.

publicidade

Estrelas de Classe K e M

Estrelas de classe K e M são as menos massivas e mais frias na sequência principal, com temperaturas superficiais entre 2.500 e 5.000 Kelvin. Elas brilham com uma luz laranja ou vermelha e são muito comuns no universo. As estrelas de classe M, também conhecidas como anãs vermelhas, são especialmente notáveis por sua longevidade, podendo viver dezenas de bilhões de anos.

Estrelas Gigantes e Supergigantes

Após esgotar o hidrogênio em seus núcleos, as estrelas de sequência principal evoluem para fases mais avançadas, tornando-se gigantes ou supergigantes. Essas estrelas são significativamente maiores e mais luminosas do que quando estavam na sequência principal.

publicidade

Gigantes Vermelhas

Gigantes vermelhas são estrelas que expandiram e esfriaram após esgotarem o hidrogênio em seus núcleos. Elas têm atmosferas externas inchadas, dando-lhes uma aparência avermelhada. Essas estrelas estão em uma fase avançada de sua evolução e, eventualmente, expulsarão suas camadas externas para formar nebulosas planetárias, deixando para trás um núcleo quente que se tornará uma anã branca.

Supergigantes

Supergigantes são ainda maiores e mais luminosas do que as gigantes vermelhas. Elas podem ser tanto vermelhas quanto azuis, dependendo de sua temperatura. As supergigantes são estrelas massivas em estágios avançados de evolução e muitas vezes terminam suas vidas em explosões de supernova, deixando para trás remanescentes estelares como estrelas de nêutrons ou buracos negros.

Estrela gigante vermelha no espaço
Apesar de grande, a estrela gigante vermelha tem menos massa e emite menos brilho que na sua fase anterior (Imagem: Viktor Hahn/Wikimedia Commons)

Estrelas de Nêutrons e Buracos Negros

Estrelas de nêutrons e buracos negros são remanescentes compactos deixados para trás após a morte de estrelas massivas.

Estrelas de Nêutrons

Estrelas de nêutrons são os núcleos colapsados de estrelas massivas que explodiram como supernovas. Elas são extremamente densas, com massas comparáveis à do Sol, mas compactadas em um raio de apenas cerca de 10 quilômetros. Essas estrelas têm campos magnéticos intensos e podem girar a velocidades incrivelmente altas, emitindo pulsos regulares de radiação, conhecidos como pulsares.

Buracos Negros

Buracos negros não são bem um tipo de estrela, pois são objetos ainda mais extremos formados quando estrelas massivas colapsam sob sua própria gravidade, criando uma singularidade de densidade infinita. A gravidade de um buraco negro é tão forte que nem mesmo a luz pode escapar dele. Buracos negros podem variar de massa estelar a supermassiva, com os maiores encontrados no centro de galáxias.

Anãs Brancas e Anãs Marrons

Anãs brancas e anãs marrons são tipos de estrelas que representam diferentes estágios evolutivos e características.

Anãs Brancas

Anãs brancas são os restos densos de estrelas de baixa a média massa que esgotaram seu combustível nuclear e expeliram suas camadas externas. Elas são extremamente quentes e brilhantes inicialmente, mas lentamente esfriam e escurecem ao longo de bilhões de anos. Eventualmente, elas se tornam anãs negras, embora o universo ainda não seja velho o suficiente para conter essas estrelas completamente resfriadas.

Anãs Marrons

Anãs marrons são frequentemente referidas como “estrelas fracassadas” porque não possuem massa suficiente para iniciar a fusão de hidrogênio em seus núcleos. Elas ocupam uma zona intermediária entre as maiores planetas gasosos e as menores estrelas, com massas entre 13 e 80 vezes a de Júpiter. Embora não brilhem intensamente como estrelas de sequência principal, anãs marrons emitem calor e luz devido à contração gravitacional e fusão de deutério.

Representação artística de uma anã marrom: nem estrela nem planeta. Crédito: Blue bee – Shutterstock

Existem diversos tipos de estrelas, com diferentes características, sejam nas variações de seus tamanhos, temperatura ou até mesmo na quantidade de energia que emitem. As estrelas, com sua diversidade e complexidade, são pilares fundamentais do universo. Cada tipo de estrela, desde as massivas e efêmeras estrelas de classe O até as pequenas e duradouras anãs vermelhas, desempenha um papel crucial na dinâmica cósmica e na formação de elementos que eventualmente dão origem a planetas e, potencialmente, à vida.