O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), não deve banir o funcionamento do aplicativo Uber em São Paulo. Ao que indica a opção adotada será a regulamentação do serviço, que deve dar origem a uma nova categoria de táxi: o “táxi preto”. É dentro desta categoria que poderão ser encaixados os carros da Uber, se a empresa quiser continuar operando na capital paulista.

A decisão, embora deixe espaço para o funcionamento da Uber em SP, não deve agradar a todos. A licença para dirigir um destes carros pode chegar a custar R$ 60 mil. A decisão cria uma nova categoria para transporte de passageiros, para a qual a prefeitura vai disponibilizar inicialmente 5 mil licenças.

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O jornal Folha de S. Paulo informa que a ideia do novo modelo é combater a venda de alvarás ilegais para taxistas, que podem chegar a até R$ 200 mil e que já se tornaram uma prática comum na cidade.  Para a prefeitura, os trabalhadores teriam mais interesse em adquirir esta nova licença do que comprar ilegalmente um alvará.

De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o novo modelo de táxi será padronizado. Todos serão carros pretos com quatro portas, ar condicionado, no máximo cinco anos de uso e uma tela mostrando o percurso ao passageiro. As corridas terão um preço máximo definido por trechos. Os táxis dessa categoria operarão apenas com pedidos em aplicativos e não poderão pegar passageiros nas ruas.

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Na última semana, o Uber investiu em campanhas publicitárias cobrando a regulamentação do serviço em São Paulo, com pedidos ao prefeito em e-mails, jornais e revistas.

Com a medida, que deve ser anunciada oficialmente nesta quinta-feira, 8, a Uber poderá continuar a operar em SP, embora bastante limitada, o que pode ser considerado uma vitória se comparada à situação no Rio de Janeiro. Por lá, o uso do aplicativo foi completamente vetado por meio de uma lei municipal proposta pelos vereadores e sancionada recentemente pelo prefeito Eduardo Paes.