A comunidade de usuários da deep web ficou sob alerta no ano passado após os responsáveis pelo Tor Project informarem que o sistema criado para proteger a identidade dos internautas havia sido hackeado. Agora os desenvolvedores voltaram a tocar no assunto para sugerir que o ocorrido foi resultado de um acordo de US$ 1 milhão entre o FBI e a Universidade Carnegie Mellon (CMU).

Sem qualquer tipo de prova e baseado apenas em informações recebidas pela “comunidade de segurança”, o pessoal do Tor acusa a universidade de ter aceitado o desafio de quebrar sua plataforma em troca da recompensa, o que a instituição nega, segundo o Verge.

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Desde o ano passado já havia desconfiança da participação da CMU na ação, porque pesquisadores da universidade cancelaram abruptamente um painel em que falariam sobre a possibilidade de tirar o Tor do anonimato. Entretanto, acreditava-se que tudo havia sido feito em nome do estudo.

A suspeita de envolvimento do FBI veio junto ao caso que resultou no fechamento da segunda versão do Silk Road, uma das maiores lojas virtuais da deep web. Segundo revelou o Motherboard, nos documentos da ação os investigadores explicam que tiveram ajuda de um instituto baseado em uma universidade. Seria a equipe de resposta de emergência em computação da CMU, conhecida como CERT.

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No pedido de busca e apreensão usado pelo agente especial Michael Larson para entrar na casa de Brian Richard Farrel (um dos membros do Silk Road 2.0), consta que o FBI obteve o endereço de IP de Farrel através do Tor entre janeiro e julho de 2014, exatamente o período da invasão descoberta pelos desenvolvedores.