A popularização de vídeos no Facebook e a política de direitos de autores na rede, classificada por produtores de conteúdo como bastante frouxa, têm resultado no prejuízo de muitas pessoas do mundo todo. Casey Neistat, por exemplo, dono de um canal no YouTube que possui mais de 1,5 milhão de assinantes, conta que recentemente passou por essa dificuldade.

Depois de semanas de produção e edição de um vídeo, o dono do canal se deparou com uma série de publicações na rede social que nem ao menos creditavam o vídeo. “Eu passei cerca de uma semana tentando retirar os vídeos do Facebook, é um processo complicado. Não há nenhuma maneira de pesquisar os vídeos Facebook. Ao todo, eu derrubei bem mais de 50 posts diferentes “, explica ele, ressaltando que alguns possuíam mais visualizações do que o original.  Na prática, isso significa que outras pessoas podem ganhar dinheiro com o vídeo feito por ele.

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Freeboting
O problema, chamado em inglês de ‘freeboting’, se dá com a republicação de vídeos nas redes sociais sem o consentimento de seus autores. A prática é roubo de propriedade intelectual e vem crescendo nos últimos meses.

A rede social chegou a reconhecer o problema e afirmou que está trabalhando em ferramentas para evitar a divulgação de materiais que infrinjam os direitos autorais.

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Vídeos nativos
O algoritmo do Facebook prioriza os vídeos publicados diretamente na rede social do que os compartilhados diretamente do YouTube ou de outras plataformas. Para Neistat, essa é uma das principais justificativas de quem infringe as leis. “Eles se explicavam, se desculpando, dizendo que só queriam compartilhar o vídeo, e não havia outra maneira de fazê-lo. Eles disseram que não poderiam compartilar o link do YouTube porque ninguém iria vê-lo [no Facebook]”, conta.

Mat Pakes, gerente de produto do Facebook, comentou o caso recentemente em uma postagem no Medium, classificando a tarefa como “um desafio técnico significativo”. “Como o vídeo continua a crescer rapidamente no Facebook, nós estamos explorando ativamente novas soluções para ajudar proprietários a identificar e gerenciar conteúdo infrator, adaptado para a nossa plataforma única e todo o seu ecossistema”, explica.

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Via AdWeek