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Conforme cresce a digitalização dos negócios e das transações em geral, aumenta a importância de as empresas e os usuários protegerem os dados e as informações virtuais. Para isso, não bastam apenas os investimentos em soluções de segurança da informação, as mesmas precisam ser associadas a um comportamento adequado e a cuidados específicos com uma questão que – erroneamente – muitas vezes é relegada a segundo plano: o uso de senhas seguras.

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Quando as empresas e os usuários não se preocupam em ter senhas seguras estão altamente vulneráveis a roubo de dados e vazamento de informações confidenciais e relevantes. Assim, para evitar dor de cabeça, as pessoas devem ter em mente que a senha representa um dos mais importantes mecanismos de autenticação da identidade e não pode ser relegada a algo sem importância.

Um recente levantamento realizado pela ESET identificou que 58% dos usuários na América Latina armazenam senhas de acesso – de serviços como e-mail, redes sociais e internet banking, entre outros – nos smartphones. Com isso, as informações confidenciais dos usuários podem ser facilmente acessadas por terceiros, no caso de roubo, perda ou furto do equipamento.

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Por outro lado, existe uma dificuldade dos usuários em administrar uma imensa quantidade de senhas para acesso aos mais diversos tipos de dispositivos, que vão desde o acesso ao celular ou notebook até aquelas para transações bancárias ou e-mails. Nesse sentido, o mercado tem buscado alternativas diferentes para mudar o conceito de senha definido pelo próprio usuário e aderindo a novas formas de autenticação.

Com a tendência de IoT (Internet das Coisas) essa autenticação tende a ser cada vez mais relevante, pois ela vai garantir o acesso aos mais diversos ambientes: dispositivos móveis, computadores, redes, carros, casas etc. A autenticação pode usar informações biométricas – como impressão digital, leitura de íris, reconhecimento facial, entre outras –; geradores automáticos, como tokens; ou ainda as senhas tradicionais, que envolvem códigos alfanuméricos criados pelos usuários.

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Diante de um cenário em que cada vez mais as pessoas têm usado serviços online e se beneficiado de suas facilidades, cresce o número de senhas usadas para as mais diversas plataformas. Para facilitar o seu gerenciamento, uma sugestão é utilizar sistemas como o “password manager”, voltados a armazenar e gerenciar múltiplos códigos de acesso em um único lugar, de forma relativamente segura.

Na prática, o gerenciador de senhas funciona como um local para guardar senhas das mais diversas plataformas, incluindo Facebook, e-mail, Twitter, entre outros. No entanto, cabe uma ressalva. Senhas bancárias ou para plataformas que coloquem em risco o uso de informações pessoais, devem ser ponderadas, pois uma vez hackeadas podem trazer grandes riscos.

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Um outro método eficaz para a memorização e que vem crescendo, principalmente entre as empresas, é a combinação de frases-chaves conhecida como Diceware. Criado em 1995, o método consiste em usar frases-chave de acesso ou variáveis criptográficas que formam uma frase considerada “inquebrável”, mais longa e difícil de ser decifrada por cibercriminosos.

Na prática, para formar a senha-frase a primeira etapa a ser definida é a quantidade de palavras que irá compô-la – a sugestão para utilização desse método é uma combinação de seis termos. Tendo como apoio um dado, o usuário deve anotar os números tirados em cada jogada e consultar os dígitos correspondentes na tabela oficial do Diceware. O termo gerado será a frase-chave da senha de autenticação.

Em um cenário onde cada vez mais as pessoas estão conectadas, a utilização de recursos de autenticação de senhas é uma importante ferramenta para evitar riscos e minimizar impactos. Nesse sentido, é fundamental que empresas e usuários se conscientizem para essa questão, a fim de evitar vazamento ou roubo de informações, que podem gerar uma série de prejuízos e problemas.