Pesquisas em inteligência artificial não são usadas somente para empoderar aplicativos e smartphones que executam tarefas simples do cotidiano. Segundo Roger Carr, presidente da fabricante de armas britânica BAE, 40 países trabalham em armas autônomas com base nessa tecnologia.

Durante um fórum realizado esta semana em Davos, na Suíça, empreendedores e especialistas na área alertaram para a falta de regulamentação dessas pesquisas. Com os Estados Unidos na liderança, esses 40 países desenvolvem armas que podem vir a ser capazes de tomar decisões sem intervenção humana, incluindo a decisão de matar ou não matar alguém.

Angela Kane, representante da ONU em campanhas de desarmamento, disse que a política internacional não tem agido de forma rápida o bastante para delimitar o que pode e o que não pode ser feito em relação a armas autônomas. Por conta disso, ainda não há um consenso sobre quem responsabilizar no caso de uma máquina matar um ser humano.

Stuart Russell, professor de Ciência da Computação na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, disse que, em até dois anos, será possível dar a ordem para que uma frota de robôs “elimine todos os homens de uma região específica”, por exemplo. Segundo ele, dar esse poder de decisão para uma máquina pode “transformar nossas convenções sobre o que é a guerra”.

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Via WEF