Provando que os tempos mudaram, a Microsoft anunciou que levará um de seus produtos mais importantes e lucrativos para o Linux, a plataforma que Steve Ballmer, ex-CEO, chegou a definir como um “câncer”. O produto em questão é o SQL Server 2016, o sistema de gerenciamento de banco de dados relacional.

O lançamento está marcado para a metade de 2017, com uma fase de preview restrita acontecendo desde já, incluindo as funções centrais de banco de dados relacional do SQL Server 2016. A versão para Windows, com lançamento neste ano, promete novas funções que prometem execução de tarefas entre 30 e 100 vezes mais rápido.

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O anúncio mostra uma mudança drástica de pensamento dentro da Microsoft. Desde que Satya Nadella assumiu o comando da companhia, ficou muito claro o esforço em não “trancar” seus produtos, e levá-los até onde os clientes estão. Isso se reflete em todas as esferas da companhia, incluindo aplicativos para celulares, jogos no Xbox e agora também no setor corporativo, que é onde está a galinha dos ovos de ouro da Microsoft.

Isso inclui abraçar o Linux, já comparado ao câncer pelo ex-CEO Steve Ballmer. Recentemente, a Microsoft chegou a anunciar uma distribuição própria do Linux, chamada Azure Cloud Switch, sistema de nuvem dedicado a redes de grandes corporações.

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Na prática, porém, o anúncio do SQL Server é um pouco estranho, porque ele implica uma das duas opções, como observa o Ars Technica, e nenhuma delas é muito óbvia:

  1. Corporações usando Linux interessadas que estão interessadas nos recursos do SQL Server, preferindo o serviço da Microsoft em vez de alternativas abertas e outras proprietárias que já existem no Linux.
  2. Empresas interessadas em abandonar os custos com licenças do Windows, mas que ainda assim preferem continuar pagando pelo SQL Server.