Uma divisão da marinha dos Estados Unidos pretende pagar à empresa canadense D-Wave um total de US$ 11 milhões por treinamento para usar a sua infraestrutura de computação quântica. A informação foi disponibilizada publicamente no site de negócios do governo federal. 

A divisão em questão é a Space And Naval Warfare Systems Center Pacific (sistemas de guerra navais e espaciais do pacífico central), conhecida pelas siglas SPAWAR ou SSC-PAC, de acordo com o VentureBeat. A nota divulgada pelo governo não informa o uso pretendido da tecnologia.

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O governo também não discriminou os custos de hardware envolvidos no treinamento. No entanto, de acordo com informações do San Diego Union Tribune, a NASA permite que a marinha dos EUA utilize o computador D-Wave que a agência espacial opera em parceria com o Google em seu centro de pesquisa.

Guerra quântica

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Os processadores quânticos utilizam qubits, que diferentemente dos bits tradicionais, conseguem assumir três valores distintos: 1, 0 ou os dois ao mesmo tempo. Esse terceiro estado, chamado de “superposição”, permite que os computadores quânticos realizem muitos cálculos ao mesmo tempo, o que lhes dá uma enorme vantagem sobre os computadores atuais na realização de alguns cálculos.

Embora a Marinha não tenha divulgado o uso que pretende fazer da tecnologia, é possível imaginar que trate-se de algo relacionado a técnicas de defesa e guerra. Ela não é o primeiro ator estatal a investir neste setor: recentemente, a União Europeia anunciou um investimento de €1 bilhão em pesquisa sobre computação quântica.

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A IBM disponibilizou recentemente uma plataforma na nuvem para que empresas e instituições de ensino trabalhem com a sua tecnologia de computação quântica também. A empresa investe nessa tecnologia como uma possível sucessora dos métodos atuais de computação.