Durante a Navy League Sea Air Space Exposition nos Estados Unidos nesta semana, duas empresas mostraram armas criadas especificamente para tirar do ar drones intrusos. As armas utilizam técnicas para criar interferência nos sistemas de controle dos drones, derrubando-os.

A primeira delas se chama DroneDefender, criada pela Battelle, organização de pesquisa sem fins lucrativos. De aparência semelhante a um rifle, ela possui duas pontas capazes de emitir feixes concentrados de radiofrequência. Cada uma das pontas da arma é ativada por meio de um gatilho diferente. Uma delas obstrui os sinais de comando e controle do aparelho, e a outra interfere nos sinais de GPS do drone.

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A arma possui um alcance de cerca de 400 metros e uma mira telescópica, e retira sua energia de uma pequena mochila que fica nas costas do usuário, que pesa no máximo 7 quilos e oferece até 5 horas de uso contínuo. Os feixes concentrados de radiofrequência disparados por ela afetam um cone de cerca de 30º à sua frente, segundo o ArsTechnica.

Pistola anti-drone

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Outra arma anti-drones foi apresentada pela empresa Flex Force. Trata-se de uma espécie de pistola que, assim como o DroneDefender, não utiliza projéteis para derrubar os veículos aéreos autônomos. Ela se chama Dronebuster e é mais portátil que a outra arma apresentada.

Reprodução

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Além de uma mira tradicional, a Dronebuster também possui um analisador de sinais. Ao ser apontado para um drone, o medidor se move, indicando que a aeronave está na mira. Um usuário treinado ainda consegue determinar qual tipo de sinal (controle ou streaming de vídeo) está sendo transmitido pelo drone.

Uma das versões da pistola utiliza a mesma tecnologia de interferência de sinais da DroneDefender para derrubar os drones. Outra versão, ainda em desenvolvimento, explora uma falha nos protocolos atuais de comunicação das aeronaves para atacá-las. Com isso, a arma consegue ativar remotamente os comandos “pousar” ou “voltar para casa” dos drones, tirando-os de atividade.

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Regulamentação

Segundo Jake Sullivan, o diretor de tecnologia da Flex Force, o desenvolvimento das armas contra drones foi motivado por um caso no qual aeronaves desse tipo interferiram no trabalho de bombeiros no ano passado, na California. De acordo com a Battelle, o “aumento na disponibilidade [de drones] traz um aumento no risco, especialmente contra propriedade do governo e pessoal”.

Nenhuma das armas apresentadas, no entanto, já está regulamentada para venda nos Estados Unidos. A tecnologia de interferência de radiofrequência usada por ambas as torna-as ilegal para uso nos EUA segundo a Comissão Federal de Comunicações (FCC) do país. No entanto, a versão alternativa da Dronebuster que ativa os comandos de “pousar” e “voltar” dos drones pode se adequar às leis da FCC.