A Alemanha é a nova campeã mundial de futebol. Não, esta frase não está dois anos atrasada. O novo título veio em uma categoria muito especial do esporte mais popular do mundo: a robótica. Na competição, os robôs alemães venceram a equipe dos Estados Unidos em uma disputa de pênaltis.

A Robocup aconteceu em Leipzig, na própria Alemanha, com equipes de pesquisadores de vários países, mas a vitória ficou com a equipe B-Human, da Universidade de Bremen, que derrotou o Austin Villa (um trocadilho sagaz com o clube Aston Villa da Inglaterra e a cidade de Austin, no Texas), da Universidade de Texas.

A Copa foi criada em 1997 com um objetivo muito claro: evoluir os robôs a um ponto em que eles sejam capazes de jogar futebol contra os campeões Copa do Mundo humana até 2050. Por enquanto, o sonho ainda é distante, e as máquinas sofreriam uma derrota muito pior do que o 7 a 1 brasileiro.

A disputa acontece dentro de uma quadra de 9 metros de comprimento por 6 metros de largura, com dois tempos de 10 minutos. Como no futebol humano, apenas o robô-goleiro pode tocar na bola com as mãos, e somente dentro da grande área.

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Há várias modalidades de disputa dentro da Robocup, entre as quais estão os robôs humanoides, os de tamanho médio e os de pequeno porte, além da categoria de simulação. No entanto, o principal destaque é a modalidade “Standard Platform”, em que todos os participantes recebem os mesmos robôs, o “Nao”, criado pela francesa Aldebaran Robotics. A competição se dá pela criação de um software de inteligência artificial que seja capaz de derrotar o adversário.

Foi nesta categoria que Alemanha e Estados Unidos se enfrentaram na final, mas infelizmente não saíram do 0 a 0 no tempo regulamentar. A disputa precisou ir para os pênaltis, que terminou com um 3 a 0 para os alemães. A vitória foi um tipo de redenção para a equipe B-Human, que havia perdido a final do torneio no ano passado por 3 a 1 contra um time australiano.