Quase 15 anos já se passaram desde que o primeiro celular com câmera chegou ao mercado, lá em 2002. Hoje, as câmeras de smartphones evoluíram bastante e já candidatam para, um dia, substituírem os equipamentos profissionais de registro de imagens.

O primeiro celular com essa função na história foi o Sanyo SCP-5300. O aparelho possuía um dispositivo integrado que permitia fotos com resolução 640 x 480 pixels. Elas não entregavam um primor de qualidade, mas a possibilidade de poder tirar fotos com o próprio telefone dava uma praticidade nunca antes vista.

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Hoje em dia os modelos de smartphones mais modernos do mercado contam com câmeras com sensores de luz e contraste, ajuste de foco, zoom extremamente alto, flash, câmera lenta e outras ferramentas que fazem quem vê as imagens duvidar de que elas vieram de um smartphone e não de uma câmera profissional.

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Mas isso não quer dizer que os mesmos mecanismos utilizados em câmeras DSLR são instalados nos smartphones. Por não serem grandes e terem outras funções além do registro de imagens em foto e vídeo, os telefones tinham que implementar uma tecnologia nova que coubesse dentro do smartphone e que possibilitasse que as fotografias tivessem tanta qualidade quando às registradas por meios tradicionais.

Exemplo disso são os obturadores. Essa peça é responsável por regular a entrada de luz dentro do dispositivo. Quanto mais tempo ele fica aberto, mais a foto leva para ser finalizada e borrões podem aparecer. Se for aberto apenas por uma pequena fração de tempo, a câmera pode “congelar” imagens em movimento. Veja abaixo:

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Os smartphones, no caso, não trabalham com esse dispositivo. Ao invés disso, há uma abertura fixa da câmera e o núcleo de processamento de imagem dentro da CPU do aparelho tem a missão de realizar os ajustes para compensar a entrada de luz, balancear a nitidez e controlar a velocidade do registro.

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Um estudo realizado pela MediaTek, empresa que desenvolve equipamentos e processadores para produtos eletrônicos, mostra ainda outras funções que surgiram nos telefones. 

O Zero Shutter Delay, por exemplo, é uma ferramenta que permite capturar um momento em milissegundos. Dessa forma, evita-se perder uma foto porque uma pessoa resolveu se mexer no momento da captura. Já o detector facial ajuda a reconhecer os padrões em cada fotografia e corrigir possíveis erros, como os olhos vermelhos, por exemplo.

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Outras inovações, essas mais recentes, que deixaram as câmeras ainda melhores partiram da ideia de dobrar o número de dispositivos de flash e de câmeras do telefone. O LG G5, por exemplo, conta com duas câmeras na parte traseira o que ajuda a corrigir o foco e colocar parte da imagem em segundo plano.

Já o Dual Flash permite que o dispositivo faça a leitura correta da temperatura da cor, propiciando imagens mais fiéis a realidade.

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Por fim, recursos como o Auto Image Stabilization (AIS) e o Electronic Image Stabilization (EIS) funcionam como algoritmos que ajudam na captura de imagens em movimento ou estáticas. Há ainda o High Dinamic Range (HDR) que reduz os ruídos e torna os contornos das imagens mais nítidos, ou, quando aplicado em vídeos 4K ou 1080p: iHDR.