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Nos quatro cantos do planeta, Pokémon Go “aumentou” a realidade ao sobrepor seus pequenos monstrinhos virtuais sobre imagens vistas em tempo real nos smartphones. A próxima onda será ainda mais aliciante: jogos baseados em realidade virtual (RV). Se você é daqueles que fica impressionado vendo crianças num restaurante, sentadas ao lado dos pais, olhando fixamente para telinha de seus smartphones, alheias as conversas, prepare-se, em breve, estarão usando óculos de realidade virtual. Onde estarão? Ali mesmo, ou quem sabe noutro lugar. Real e virtual irão convergir. Observe a figura abaixo. De acordo com os professores Joshua Lifton e Joseph Paradiso do MIT, há uma “escala” que nos leva da realidade até a realidade virtual.

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Na medida em que vamos adicionando mais elementos virtuais a nossa realidade, mais nos distanciamos dela, isto é, mais o ambiente será virtual. Na realidade virtual “pura” todos os elementos com os quais interagimos são criações binárias (textos, imagens, objetos, etc) gerados por computador. A “realidade dual” por sua vez é aquela na qual realidade e virtual mutuamente agem entre si, uma influenciando a outra, a

convergência plena, possível por meio de interfaces imersivas, as quais permitem sentir (sensores) e manipular (atuadores) todas as criações binárias disponíveis. Os atuais dispositivos de imersão, em especial os óculos de RV, estão mais sofisticados com giroscópios, magnetômetros e acelerômetros, os quais acompanham os movimentos da cabeça e dos olhos, sincronizando as imagens virtuais de acordo.

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Questões éticas

Ao mergulharmos em simulações cada vez mais indistinguíveis da realidade, empresas, hackers, grupos políticos ou de mídia poderão criar meios para induzir ideias, criar memórias e influenciar nosso comportamento. Para alguns pesquisadores, experiências emocionais intensas em ambientes virtuais podem provocar uma “distorção do entendimento da realidade”, seja no campo político, moral ou religioso. A questão em aberto refere-se não somente a como vamos “entrar no virtual” (o que tecnicamente está bem encaminhado) mas como vamos “sair dele”. De fato a pergunta é: será que vamos querer sair?

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