Robôs não precisam ser metálicos. A comunidade científica já estuda o potencial de robôs de corpo flexível e mole, mas até hoje todas as propostas exigiam contrapartidas grandes demais para tornar o projeto viável, como mecanismos de controle e fontes de energia mantidos à parte do resto do corpo, conectado por meio de um cabo, ou o resultado final era uma mistura de componentes rígidos e maleáveis.

No entanto, pesquisadores conseguiram criar um robô totalmente flexível, em formato de polvo. Ele carrega seu próprio combustível, que fornece a energia por meio de uma reação química que acontece dentro do sistema. Componentes internos, também moles, permitem o controle do movimento do robô.

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O resultado ainda é bastante simples, mas promissor. O projeto, chamado octobot, traz um tanque de combustível maleável, e a energia é gerada por meio de uma solução de peróxido de hidrogênio (a água oxigenada) que entra em contato com um catalisador de platina. O resultado forma água e oxigênio, que é usado para mover o robô como se fosse usado ar comprimido.

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Os pesquisadores precisaram desenvolver uma forma de evitar que o combustível, no sentido literal da palavra, entrasse em combustão, e para isso chegaram à conclusão de que a melhor proporção para a solução era a de 50% de peróxido de hidrógênio e 50% de água.

O movimento é controlado por uma série de válvulas. Elas determinam para onde o combustível é enviado, e diferentes câmaras enviam o oxigênio para diferentes braços do octobot. Os gases inflam as câmaras, fazendo os braços se mexerem. Em seguida, uma válvula permite que o gás saia, fazendo o braço voltar a uma posição relaxada. Contudo, o movimento ainda está restrito a levantar e abaixar os braços, mas é possível usar uma geometria diferente para permitir uma gama maior de movimentos.