Um estudo liberado pela Netflix nesta semana mostra que o Brasil tem uma das piores velocidades de conexão do mundo. A pesquisa, conduzida pelo serviço de streaming em mais de 41 países, mostra que o Brasil ocupa o 33º lugar no índice de transferência de dados da empresa no horário nobre no mês de agosto.

As 10 piores velocidades do mundo

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  1. Índia – 1,78 Mbps
  2. Filipinas – 2,04 Mbps
  3. Costa Rica – 2,11 Mbps
  4. Jamaica – 2,226 Mbps
  5. Equador – 2,27 Mbps
  6. Argentina – 2,37 Mbps
  7. Peru – 2,47 Mbps
  8. Colômbia – 2,53 Mbps
  9. Brasil – 2,57 Mbps
  10. Uruguai – 2,77 Mbps

A velocidade média do Brasil – de 2,57 Mbps – fica à frente apenas de Colômbia, Costa Rica, Filipinas e Índia, que tem média de 1,78 Mbps.

Melhores operadoras do Brasil

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De acordo com a Netflix, dentro do Brasil, em agosto, a melhor conexão foi a oferecida pela operadora Live Tim, com uma velocidade média de 3,09 Mbps. Em seguida aparecem Net Vírtua e a GVT, com 2,99 Mbps e 2,83 Mbps, respectivamente, Algar, com média de 2,24 Mbps, Vivo e Oi, com 1,94 Mbps, ambas.

Por que tão ruim?

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De acordo com especialistas, três fatores explicam a qualidade ruim da internet brasileira. O primeiro seria a infraestrutura ruim. “De fato se investe pouco em infraestrutura de internet no Brasil. O investimento é baixo, os preços são altos”, explica especialista Marco Konopacki, coordenador de projetos do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS).

O segundo fator seria o gosto do brasileiro por navegar. No horário nobre, aumenta o número de pessoas conectadas, o que pode ajudar a diminuir a velocidade da rede. “É um gargalo de infraestrutura? Pode ser ou não. Os dados dizem que na maioria do tempo a rede não esta sobrecarregada, e pode ser que ela atinja um pico de sobrecarga no horário nobre. Mas é como o uso do chuveiro. A rede suporta, mas fica no seu limite. E como a Netflix é uma grande consumidora de banda, pode estar atrelado a isso”, explica Konopacki.

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O terceiro motivo seria a restrição deliberada do uso de banda para serviços específicos. “Não me admiraria se algumas empresas limitassem o tráfego desses dados praa preservar mais a rede ou tornar o serviço mais rentável. Pode ser um elemento, é uma hipótese a ser testada”, explica o especialista.

Via UOL