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O Galaxy Note 7 não é mais vendido e nem fabricado, mas continua dando dor de cabeça para a Samsung. Clientes da marca coreana têm criticado a empresa por estar supostamente dificultando, ou ter se negado a pagar por danos causados por unidades explosivas do smartphone.
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John Barwick, um consumidor da empresa que mora nos Estados Unidos, contou ao jornal The Guardian sobre sua experiência com um Note 7. Ele diz que a Samsung se prontificou a reembolsá-lo pelo dispositivo, mas que não quis pagar pelos itens que o fogo do celular acabou alcançando.
“Eles me disseram que não iriam pagar os custos para trocar meus itens danificados”, explicou Barwick. Segundo ele, o Galaxy Note 7 explodiu durante a madrugada e queimou parte da sua cômoda, além de respingar compostos químicos na sua cama, carpete e cortina.
Ainda de acordo com Barwick, o prejuízo total pode chegar a US$ 9 mil (mais de R$ 28 mil em conversão direta), mas a Samsung teria se recusado a pagar. “Não estamos pedindo uma quantidade muito grande de dinheiro para ficarmos ricos com isso. Só queremos ser ressarcidos”, disse.
Wesley Hartzog, outro consumidor insatisfeito, fez críticas semelhantes. O norte-americano, que trabalha como bombeiro, disse que uma explosão do Note 7 pode ter desencadeado o fogo que destruiu parte de sua garagem, danificando diversos equipamentos, uma moto, uma bicicleta e até uma herança de família.
Um outro usuário do Note 7, Shawn Minter, contou uma história semelhante em entrevista ao The Guardian. Ele disse que a Samsung demorou para respondê-lo a respeito do aparelho que, pegando fogo, danificou o tampo da sua mesa de trabalho.
Quando finalmente responderam, representantes da Samsung “estavam interessados apenas em retirar o celular”, contou Minter, sem dizer se pagariam pelos bens danificados ou dar mais detalhes sobre o reembolso. “Depois que disse a eles que levaria o aparelho para o CPSC [órgão de defesa do consumidor nos EUA], eles não responderam mais”.
Apesar das críticas, a Samsung continua operando para tirar de circulação o maior número possível de smartphones potencialmente defeituosos. A empresa chegou a montar postos de atendimento em aeroportos dos EUA para receber e já reembolsar o usuário que aparecer no local com um Note 7. A representação da empresa no país não se posicionou sobre as críticas desses clientes.