“Notícias falsas” é um tema que está recebendo muita atenção ultimamente graças ao papel que o Facebook e outras plataformas sociais desempenham no consumo de notícias diário das pessoas e à forma como pretendem combater a disseminação de informações enganosas. Um estudo de Stanford mostra que a maioria das pessoas não sabe quando uma notícia é falsa.

Durante a pesquisa, os 7,8 mil estudantes de ensino médio e universitários participantes receberam uma série de artigos, dos quais eles tinham que descrever as peças e avaliar se eram confiáveis ou não.

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Mais de 80% não conseguiram distinguir as notícias falsas das verdadeiras, nem reconhecer conteúdos patrocinados. Além disso, as pessoas tiveram dificuldade em determinar se uma notícia compartilhada em mídias sociais era credível, sendo que basearam sua decisão em elementos estranhos ou mesmo irrelevantes.

Os pesquisadores afirmam que, para muitos, o autor ou o patrocinador que aparecem no artigo não são razões para questionar a credibilidade ou precisão da informação. Por exemplo, um aluno achou confiável um artigo sobre investimentos escrito por um executivo de um banco que patrocinou a notícia.

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Em uma segunda parte do estudo, os participantes precisaram olhar a página inicial de um site de notícias e identificar o que era notícia e o que era publicidade. Enquanto os estudantes não tiveram problemas para determinar que um banner padrão era publicidade, mais de 80% acreditavam que textos marcados como “conteúdo patrocinado” eram notícias reais.

Quanto às redes sociais, os participantes, principalmente do ensino médio, selecionaram posts no Facebook como sendo de confiança com base em fatores que não tinham nada a ver com a identidade da pessoa que postou ou quaisquer qualificações que possam ter.

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Os alunos tiveram de analisar dois posts no Facebook que mencionavam a candidatura de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos: um de um site de notícias e outro de uma conta falsa que imitava o site. Mais de 30% dos estudantes argumentaram que a conta falsa era mais confiável por causa de alguns elementos gráficos, como ter uma foto maior que a da página real, design de alta qualidade e links para organização do site.

Mesmo no nível universitário, em que os alunos deveriam pesquisar e identificar se as descrições de pontos de vista políticos dos candidatos eram precisas, o estudo constatou lacunas significativas no raciocínio apresentado.

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Via Fortune