A Uber começou uma campanha entre seus usuários para alertá-los de um projeto de lei que pode proibir o uso do aplicativo em todo o território nacional. Trata-se do PL 5.587/16, que restringe a atividade de transporte individual remunerado de até sete passageiros aos taxistas.

De acordo com a empresa, a Câmara dos Deputados quer votar a aprovação dessa lei já nesta semana. O projeto é de autoria dos deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Luiz Carlos Ramos (PTN-RJ), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Renata Abreu (PTN-SP), Laudivio Carvalho (SD-MG) e Rôney Nemer (PP-DF).

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O projeto já tramita desde junho deste ano e tenta fazer adições à lei federal da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), que tem sido usada como base para as liminares que permitem que a Uber continue operando mesmo nas cidades em que vereadores e prefeitos proíbem o serviço, como é o caso do Rio de Janeiro.

De acordo com o texto do projeto de lei, “o transporte individual remunerado de passageiros em veículos com capacidade de até 7 (sete) passageiros somente poderá ser realizado por veículos de aluguel conduzidos por profissionais taxistas, ficando expressamente vedada a utilização de veículos particulares para viagens individuais municipais, intermunicipais ou interestaduais, inclusive por meio de plataformas digitais quando houver qualquer proveito econômico direto ou indireto das partes envolvidas no transporte”.

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Na prática, o PL proibiria a operação da Uber e serviços similares e tiraria a base jurídica para liminares como a do Rio de Janeiro ao restringir o transporte de passageiros aos taxistas. Isso explica por que a empresa pede que seus usuários se mobilizem para tentar evitar que o projeto seja aprovado.

Caso o PL seja votado e aprovado, ele será encaminhado ao Senado Federal; se avançar novamente, ele irá para as mãos do presidente Michel Temer, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo.