Edward Snowden revelou em 2013 que os Estados Unidos contavam com ferramentas para vigiar cidadãos do mundo inteiro, inclusive no Brasil. As ações de vigilância do governo norte-americano afetavam órgãos e empresas brasileiras. Agora, outro homem considerado inimigo dos Estados Unidos – ou, pelo menos, do governo norte-americano – jogou ainda mais gasolina nessa polêmica.

De acordo com Julian Assange, criador do WikiLeaks, em entrevista ao site Nocaute, o Brasil é o país da América Latina mais espionado pelos EUA. “Por que o Brasil? Porque o Brasil tem uma economia maior (do que Cuba e Venezuela)”, afirma ao explicar por que a vigilância não é maior em países que têm políticas mais opositoras aos Estados Unidos.

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“O Brasil é simplesmente mais importante economicamente.” Questionado pela reportagem se o pré-sal teria alguma influência nisso, Assange apenas diz que “esse é um dos fatores da economia”.

Vale lembrar que após Snowden revelar que os EUA vigiavam o Brasil, a então presidente, Dilma Rousseff, convocou uma reunião de emergência com ministros para tratar sobre a denúncia de que até ela mesma teria entrado na mira dos programas de espionagem.

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Segundo os documentos vazados pelo ex-analista da NSA, os Estados Unidos espionavam Dilma para “melhorar a compreensão dos métodos de comunicação e dos interlocutores da presidente e seus principais assessores”.

Meses depois, a mandatária anunciou a criação de um sistema de segurança para os e-mails usados pelo governo. A plataforma foi batizada de Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).