Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês, considerado um dos intelectuais mais importantes do século XX, morreu ontem aos 91 anos na Inglaterra. Dentre seus feitos, Bauman criou o conceito de “modernidade líquida” e foi um crítico perspicaz das redes sociais e dos relacionamentos na internet. A causa da morte não foi divulgada.

Em sua teoria, Bauman defende como a modernidade tornou as relações humanas mais voláteis e imediatistas. Em um dos seus livros mais famosos, “Amor Líquido”, o autor disserta sobre como as relações afetivas se tornaram fluídas, especialmente com o advento das redes sociais. Em entrevista dada ao jornal El País em janeiro de 2016, Bauman comenta que as redes sociais são uma armadilha, pois condenam as pessoas a viverem em zonas de conforto.

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O estudioso ainda defendia que as redes sociais não ensinam o homem a dialogar, muito menos a construir relações, já que amizades são feitas e desfeitas imediatamente de acordo com suas vontades. Para o autor, esse processo de controle que as pessoas assumem sobre as redes sociais é chave para se livrar da solidão que se tornou comum em tempos individualistas.

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Nascido em 1925, Bauman passou a adolescência fugindo das forças nazistas da Polônia. Com 14 anos, mudou-se para a União Soviética. Por lá, Bauman começou seus estudos e ingressou na Universidade de Varsóvia, mas é preciso dizer que a maior parte de seus estudos deu-se na Universidade de Leeds, na Inglaterra. 

Entre outros livros do autor que se tornaram referências estão “Tempos Líquidos”, “Modernidade Líquida” e “A Sociedade Individualizada”.

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