Os celulares estão cada vez mais modernos e eficientes. Não é de hoje que temos notícias de artistas usando smartphones de forma profissional. Com isso em mente, foi produzido um videoclipe usando somente imagens capturadas com o iPhone 7 Plus. 

Sob a direção do músico Gabriel Nóbrega, o vídeo é feito quase que inteiramente usando stopmotion, técnica que consiste em repassar diversas fotografias em sequência para dar um visual semelhante ao de um vídeo propriamente dito. Para isso, foram utilizadas mais de 1.000 imagens capturadas com o modo retrato – um dos grandes diferenciais do aparelho – de dois iPhones 7 Plus diferentes.

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Mas o que isso realmente significa?

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Quem ousaria dizer há 20 anos que um único dispositivo que cabe no bolso da calça poderia substituir aparelhos de som, telefones, computadores e câmeras fotográficas com excelência?

Pois é. Isso aconteceu e agora o futuro nos deixa com dúvidas sobre quais outros eletrônicos esses tão modernos celulares poderão colocar em extinção. E não estamos falando apenas dos smartphones da Apple, mas de modelos de qualquer marca com potência suficiente para ofuscar produtos antes considerados como “mais convencionais”.

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O palpite mais próximo seriam as câmeras fotográficas e de vídeo profissionais. Mesmo com a tecnologia avançada dos dispositivos presentes nos telefones, ainda não foi possível conciliar toda a potência do equipamento tradicional com a praticidade do celular. Esse videoclipe, no entanto, começa a questionar isso.

Trabalho profissional

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Há, no entanto, um porém que precisa ser evidenciado e que dá mais tempo de vida para os rivais dos smartphones. Por mais que o videoclipe tenha sido produzido usando ferramentas de dois telefones da Apple, é possível perceber que a produção foi inteiramente profissional. 

“Construímos todo um sistema para transformar o iPhone em um equipamento profissional”, relata o diretor em entrevista ao Olhar Digital. “De fato, não é só colocar o tripé e iniciar a gravação. É preciso estruturar tudo antes.”

Reprodução

Além disso, a Apple revelou em nota que mais de 500 figurantes trabalharam no projeto. Houve também o auxílio de artistas profissionais (para a gravação da música) e uso de softwares específicos de captação e edição e até mesmo um braço robótico.

A função do membro robótico era bem simples: permitir que o telefone fosse movimentado de forma fluida pelo cenário. Isso garantiu que as imagens fossem registradas da forma mais contínua possível e sem “tropeços”.

Sobre as vantagens de trabalhar com o aparelho, ele é bem claro ao se referir à qualidade das imagens. “As fotos em alta resolução do telefone permitem criarmos vídeos em stopmotion com resoluções até maiores do que o 4K.” 

Isso tudo não significa que os “usuários amadores” não possam trabalhar com o iPhone ou com qualquer outro celular. Podem, sim. Talvez não com a mesma estrutura e nem com o uso de um braço robótico, mas é possível produzir vídeos e fotos excepcionais usando a tecnologia dos dispositivos presentes nos principais celulares da atualidade.