Se você tem muitos livros, discos ou quaisquer objetos desse tipo, você provavelmente já se deparou com o seguinte problema: qual é a melhor maneira de armazená-los? Nesse caso, é necessário avaliar não apenas a forma de guardá-los ocupando o mínimo de espaço, mas a maneira de fazer isso sem que fique muito difícil encontrar um objeto específico.

Com dados, não é diferente. Conforme as empresas têm que lidar com mais informações, a forma de organizar esses dados vai se tornando uma questão cada vez mais crítica. Escolher o meio mais adequado para o seu negócio é uma decisão importante e, por isso, falaremos sobre duas das principais arquiteturas de armazenamento do mercado atual:

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 Armazenamento com base em objeto

Imagine que você vai jantar em um restaurante e deixa seu carro com o manobrista. Ele, em troca, deixa um recibo com você. Durante todo o jantar, você não sabe exatamente onde seu carro está, ou quantas vezes ele foi movido. Mas, no final da refeição, você pode entregar novamente aquele recibo ao manobrista e ele traz o seu carro de volta.

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É mais ou menos assim que funciona o armazenamento com base em objeto. Os “objetos” se diferenciam dos arquivos de computadores tradicionais em alguns aspectos. O primeiro deles é o que aparece no exemplo acima: eles não têm um endereço fixo, apenas um identificador. Assim, eles podem ser movidos muitas vezes, mas graças ao identificador, sempre são encontrados novamente.

Além disso, eles não se organizam de maneira hierárquica como os arquivos, que permitem a criação de pastas dentro de outras pastas, recheadas, por sua vez, com ainda mais pastas ou arquivos. Com objetos, a organização é horizontal, no “pool” de armazenamento.

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Com essas características, eles são bastante adequados para operações automatizadas em nuvem. Isso porque não é necessário saber a localização física de um dado para poder acessá-lo; basta conhecer o seu identificador. Para uma empresa que tem datacenters tanto em São Paulo como em Cingapura, isso pode ser extremamente útil.

Armazenamento escalável

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Por outro lado, os arquivos tradicionais ainda podem ser usados como uma forma de armazenamento bastante eficiente, graças ao “scale out NAS”. A sigla NAS significa network attached storage, ou armazenamento ligado à rede; a expressão scale out, por sua vez, indica que o sistema é escalável.

O que isso significa? O fato de essa arquitetura ser ligada à rede significa que ela pode ser acessada por qualquer máquina da rede. Ela acaba sendo uma “extensão” do armazenamento de cada computador da rede, e pode ser usada de maneira compartilhada por todos eles.

E o fato de ela ser escalável significa que ela pode crescer e diminuir conforme a demanda. Isso é um aspecto importante: antigamente, mesmo que a empresa tivesse uma pequena demanda de dados, era necessário investir de cara numa infraestrutura vultosa de armazenamento. Caso contrário, esse recurso poderia se tornar um gargalo no futuro.

Em sistemas escaláveis, porém, é possível começar com uma infra pequena e ir crescendo em capacidade (e em custo) conforme a demanda for surgindo. Com isso, elimina-se um risco nos primeiros passos do negócio, e cria-se mais eficácia no gerenciamento dos dados.

No entanto, essa escalabilidade não é de todo ilimitada. Agregar mais nós de armazenamento a um mesmo controlador pode, ao longo do tempo, deteriorar sua performance. Nesse caso, é necessário acoplar esse sistema a outro sistema, paralelo, com outro controlador, para não perder agilidade. Isso, por outro lado, torna a administração dos dados um pouco mais complexa.

Qual é o melhor modelo?

Apesar da comparação anterior, ao contrário de livros e discos, não há uma única maneira ideal de armazenar dados. A melhor arquitetura de armazenamento depende de diversos fatores, como o tamanho da sua operação, o tipo de dados que você armazena, a regularidade com a qual você acessa cada dado, entre outros.

O importante, no entanto, é saber que essas diferentes soluções atendem a diferentes demandas. Em vez pensar em armazenamento como uma questão monolítica, é vital considerar que há diferentes formas de se armazenar dados. E a forma que você escolhe pode fazer a diferença entre você encontrar ou não aquele livro lindo que ganhou de presente no natal de 2004.