Poucos dias após o “Atletiba do YouTube”, que registrou audiência acima dos 3,7 milhões de espectadores, o futebol brasileiro dá sinais de que está disposto a se aproximar da cobertura via internet.

O colunista Rodrigo Mattos, do UOL Esporte, informou ontem que haverá regras diferentes para clubes que assinaram contratos sobre direitos de imagem com a Turner (dona do Esporte Interativo) e a Globo para as edições do Campeonato Brasileiro que ocorrerão entre 2019 e 2024.

O primeiro grupo terá acesso aos replays das partidas, o que significa que, após o apito final, os clubes poderão postar os jogos em páginas do Facebook e canais do YouTube, por exemplo. Ou até mesmo revender as imagens para outros canais televisivos dentro e fora do Brasil.

Quinze agremiações fecharam com a Turner, entre elas o Santos, o Bahia e o Palmeiras, além da dupla Atlético-PR e Coritiba, que inovaram com a cobertura exclusiva para a internet na semana passada.

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Já o grupo que permaneceu com a Globo terá de seguir as regras atuais da emissora, que estabelece em contrato que os direitos para internet também ficam com ela. “Isso porque, na visão da Globo, os direitos de internet afetariam os de televisão, seja em pay-per-view ou em TV aberta”, escreve Mattos.

Na TV aberta, inclusive, a Globo seguirá sendo dona dos direitos de todo mundo; a batalha contra o Esporte Interativo se dá na esfera da transmissão fechada, o que acaba respingando na internet.

“Mas a emissora carioca acena com parcerias com os clubes para potencializar os ganhos com esse material”, continua o colunista. “A visão da Globo é de que os clubes poderiam ter plataformas para exibição de material, inclusive replays, e entrevistas pré e pós-jogos. Mas, para isso, teria de haver um acordo comercial para ganho dos dois lados, isto é, se buscar novos negócios em parceria.”