Mais do que simplesmente armazenar dados de maneira eficaz, organizar o acesso a esses dados também é de grande importância para um negócio inserido na era digital. É neste contexto que soluções de gerenciamento de informação são debatidas.

Uma dessas soluções é a ILM, que significa “Information Lifecycle Management” – ou “Gerenciamento do ciclo de vida da informação”. O termo tem sido ouvido e repetido à exaustão nos mais diversos círculos, mas nem toda empresa sabe do que se trata, ou a sua importância.

A resposta para essas dúvidas pode ser mais simples do que parece. O centro de toda a questão é a informação, e o valor que um negócio dá a essa informação. Centrais de processamento e armazenamento de dados não são mais do que templos onde a informação, como um commodity, é guardada e administrada.

A informação que o Facebook guarda em seus data centers, por exemplo, inclui os interesses, amigos e hábitos de cada um dos seus mais de 1,2 bilhão de usuários ativos diariamente. O bem mais precioso do Facebook – e, no fim das contas, a fonte da sua renda – é essa informação. Assim como os dados de uma empresa financeira ou administradora de cartões de crédito.

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O mesmo pode ser aplicado a quase toda empresa inserida na era digital, mas o valor da informação para cada uma delas pode ser diferente. Como um ser vivo, a informação muda com o passar do tempo e de acordo com o contexto. Dados que eram valiosos anos atrás, hoje podem não ter mais a mesma importância de um ponto de vista estratégico.

É do interesse de qualquer empresa fazer com que essa informação armazenada tenha o máximo valor possível pelo maior tempo possível. Afinal de contas, armazenar e “cuidar” desses dados custa caro. Proteção contra hackers, expansão de capacidades, novos recursos… todo esse investimento precisa ser feito de modo cuidadoso para não gerar desperdícios.

É aí que entra o ILM: fazer com que essa informação seja o mais eficiente e produtiva possível. Trata-se de um conjunto de políticas estratégicas, adotadas pela empresa, com o objetivo de prever as transformações do mercado e adaptar o gerenciamento de dados a essas transformações, buscando entender o valor da informação frente às mudanças da era digital.

O ILM pode ser encarado também como uma forma de classificar dados de acordo com seu valor de mercado, dos mais valiosos ou mais supérfluos, de modo que todo o investimento na manutenção e processamento dessa informação seja feito de forma consciente e evitando ao máximo o tão temido desperdício.

O “ciclo de vida” da informação normalmente consiste em cinco fases: criação e recebimento (isto é, o registro dos dados em um banco), distribuição (processo de encaminhar cada informação para o seu devido lugar em um data center), uso (decisões tomadas com base na informação já distribuída), manutenção (custos com unidades de memória, proteção, recuperação etc.) e disposição (o descarte da informação que não é mais tão necessária).

Em outras palavras, o ILM ajuda a planejar os investimentos de uma empresa em cada etapa dessas. O método é recomendável para companhias que lidam com informação passageira, como intermediárias em transações financeiras. Saber por quanto tempo cada dado deve ser guardado e processado faz toda a diferença no planejamento estratégico de longo prazo.

É importante que departamentos de T.I. trabalhem lado a lado com os setores financeiros das empresas para elaborar uma estratégia de ILM eficaz e condizente com a natureza do seu negócio. Somente pelo planejamento detalhado é que um negócio consegue crescer e se manter competitivo em um mercado que não para de mudar.

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