O Google divulgou ontem os primeiros resultados de uma parceria com o Fundo de Defesa Ambiental (EDF, na sigla em inglês) e com a agência Aclima para mapear a poluição urbana. O projeto, iniciado em 2015, produziu mapas que mostram a concentração de alguns poluentes em cada rua da cidade de Oakland, na Califórnia.

Para realizar o mapeamento, o Google utilizou uma versão modificada do carro do Street View que era equipada com um sistema de aferição de qualidade do ar usado pela Aclima. Em seguida, o carro dirigiu pelas ruas colhendo dados sobre a poluição em cada área. Mais detalhes sobre os métodos e equipamentos utilizados foram publicados em um estudo científico sobre o caso. O vídeo abaixo fala mais sobre o projeto:

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O mapa completo pode ser visualizado por meio deste link; a imagem abaixo ilustra a aparência dele:

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Reprodução

Foram medidos os níveis de três poluentes diferentes: monóxido de nitrogênio (NO), dióxido de nitrogênio (NO2) e carbono negro (uma forma impura de carbono produzida durante a combustão incompleta de combustíveis fósseis). Eles são mais comuns em locais com muitos veículos motorizados e podem causar problemas respiratórios, além de estarem associados a problemas como ataques cardíacos, derrames e alguns tipos de câncer.

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Os “i”s no mapa representam pontos em que informações adicionais sobre a medição estão disponíveis. Por exemplo: no trecho de uma avenida que antecede uma ponte, a concentração de carbono negro vai aumentando. Isso, segundo os pesquisadores, deve-se ao fato de que os carros aceleram para entrar na ponte naquele trecho; com isso, a concentração de poluentes ali é maior que no trecho anterior da avenida.

De acordo com o Google, foram feitas mais de 3 milhões de medições para elaborar o mapa acima. Cientistas ou pesquisadores interessados em ter acesso mais detalhado aos métodos e dados usados na pesquisa podem solicitá-lo por meio deste link

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