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A App Store tem se tornado uma fonte de receitas cada vez maior para a Apple, que também tem pago valores cada vez maiores aos desenvolvedores, chegando à marca de US$ 70 bilhões distribuídos aos autores dos aplicativos. O problema é quando tentam se aproveitar desse sistema para conseguir US$ 80 mil por mês com um golpe, conforme revelado em artigo publicado no Medium.
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Johnny Lin, autor do texto, reparou, por meio da ferramenta Sensor Tower, que um aplicativo muito suspeito estava fazendo verdadeiras fortunas, mas não entendia como. Foi quando ele decidiu ir a fundo para entender o que acontecia. O app misterioso, usando um inglês absurdamente quebrado, chegou à marca prometendo proteção móvel contra vírus, o que por si só já é uma bandeira vermelha. O iOS isola aplicativos com seus próprios dados, então tecnicamente não é possível haver um antivírus funcional na plataforma da Apple.

Não só isso: o app também prometia um serviço de VPN, mas o desenvolvedor, Ngan Vo Thi Thuy, não se deu nem mesmo ao trabalho de incluir o nome de uma empresa como autora do app. Ou seja: supondo que o app funcionasse, o seu tráfego de internet seria direcionado para o computador de uma pessoa aleatória, que provavelmente teria acesso irrestrito às suas senhas e dados.
Mas, afinal de contas, como esse aplicativo malfeito e potencialmente danoso conseguia tanto dinheiro? Enganando usuários, claro. Johnny Lin percebeu que desenvolvedores estão aproveitando uma brecha no sistema de anúncios da App Store para impulsionar os downloads, aproveitando a falta de controle na ferramenta.
Bastava procurar pelo termo certo e o aplicativo aparecia em destaque. Quando aberto, o aplicativo tenta levar o usuário a experimentar um “período de testes” “grátis”. Ao acessar a opção, o usuário se depara com uma janela de confirmação para realizar uma assinatura de US$ 99,99 por semana, bastando apenas uma autenticação com o Touch ID. Ou seja: encoste seu dedo no botão Home do iPhone e pague US$ 400 por mês; para chegar à marca dos US$ 80 mil mensais, bastava atingir 200 pessoas entre milhões de downloads em potencial.

Isso pode não enganar usuários avançados; primeiro que essas pessoas sabem que não precisam de antivírus para iOS, e que esse tipo de app simplesmente não funciona na plataforma da Apple. O problema é que o tipo de pessoa que baixaria um aplicativo do tipo provavelmente não tem conhecimento para distinguir um golpe de um serviço legítimo.
E a questão ainda é mais complicada, porque o aplicativo que exemplifica o artigo do Medium é só um sintoma. Existem vários outros apps que não passam de golpes comprando anúncios na App Store com perspectivas de altos ganhos, enganando usuários e aproveitando um volume potencialmente gigantesco de downloads.