O iPad e, consequentemente, o iPhone talvez nunca tivessem existido se o fundador da Apple, Steve Jobs, não “odiasse” um executivo da Microsoft.

A revelação foi feita por Scott Forstall, ex-chefe de software da Apple, durante uma palestra no Computer History Museum, em Mountain View. Ele contou que Jobs não suportava um executivo da concorrente, que comentou com ele sobre planos de canetas para tablets.

Jobs, que era conhecido por ser contra touchpens e que, em vez disso, preferia usar os dedos nas telas sensíveis ao toque, ficou irritado; então a Apple começou a trabalhar em seu próprio tablet, que acabou se tornando o iPad.

Conforme relata o CNET, o caso já havia sido citado em sua biografia autorizada, de Walter Isaacson. Jobs contou que estava em um jantar com outros líderes de empresas de tecnologia quando foi abordado pelo funcionário. “Neste jantar, foi a décima vez que ele falou comigo sobre isso [canetas eletrônicas], e eu estava tão cansado disso que eu cheguei em casa e disse: ‘Dane-se, vamos mostrar para eles o que um tablet pode realmente ser’”.

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A Apple apresentou o iPad em 2010 – três anos depois do primeiro iPhone –, mas ele, na verdade, começou a ser desenvolvimento antes do smartphone.

Jobs e outros executivos da Apple começaram a perceber que os celulares eram algo que poderia prejudicar as vendas do iPod, já que as pessoas estavam passando a ouvir música no telefone. Por isso, o desenvolvimento do tablet ficou em segundo plano, com a priorização do desenvolvimento do iPhone, com a miniaturização dos recursos do iPad.