Conforme havia prometido, Jay Y. Lee, vice-chairman e herdeiro da Samsung, apresentou formalmente seu pedido de apelação contra a decisão que o condenou a cinco anos de prisão pelos crimes de suborno, perjúrio, fraude e por esconder ativos fora do país.

O requerimento apareceu no site do tribunal de Seoul nesta segunda-feira, 28, conforme reportado pela Reuters. Não há detalhes sobre o pedido, mas sabe-se que ele será repassado a uma instância superior.

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A legislação sul-coreana determina que um réu só pode ficar preso por quatro meses enquanto aguarda pela avaliação de uma apelação. Assim, quem receber o caso de Lee deve finalizá-lo até janeiro de 2018.

Durante esse processo, Lee será mantido como “cabeça” da Samsung. Em comunicado, a companhia afirmou que nada mudará, “a menos que haja uma determinação final de culpa”.

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A condenação de Lee estabeleceu um marco importante na Coreia do Sul, que, embora já tenha condenado magnatas antes, acostumou-se a oferecer perdões presidenciais em nome da estabilidade econômica. Só que especialistas ouvidos pela Reuters se mostraram céticos quanto à sua permanência atrás das grades.

Dependendo da estratégia da defesa, é possível que a sentença do executivo seja reduzida para três anos ou menos. E a lei do país permite que penas tão curtas sejam suspensas, algo comum quando se trata de crimes do colarinho branco.