Em dezembro do ano passado, a Apple trouxe ao Brasil o iMac Pro, seu computador mais poderoso até hoje e que também é o produto mais caro já lançado pela empresa em território nacional. A versão mais básica deste “tudo-em-um” custa nada menos do que R$ 38 mil, ou US$ 5.000 nos EUA.

Como é de praxe, a equipe do site iFixit fez um desmanche do novo computador para saber o que há dentro dele, além das especificações que a Apple já havia adiantado, que incluem um processador Intel Xeon W octa-core de 3,2 GHz; 32 GB de memória e placa de vídeo Radeon Pro Vega 56 da AMD.

Para quem não está familiarizado com os computadores da Apple, o iMac Pro é conhecido como “tudo-em-um” porque vem apenas com tela, teclado e mouse, sem gabinete. Os componentes essenciais da máquina ficam todos dentro da imensa tela de 27 polegadas e resolução 5K do iMac Pro.

Alguns detalhes sobre a arquitetura desse computador, porém, eram segredo até agora. A primeira surpresa do pessoal do iFixit ao desmontar o iMac Pro foi no sistema de refrigeração. A máquina possui um enorme e chamativo cooler de ventoinha dupla para ajudar a segurar a temperatura da CPU e da GPU.

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Segundo o iFixit, esse novo cooler permite que a refrigeração do iMac Pro seja até 80% mais potente que a de um iMac “comum” de tela 5K. Para abrir espaço para o novo sistema, a Apple tirou o disco rígido que a máquina tradicionalmente tem (em vez disso, há um SSD de 1 TB) e as portas externas para a memória RAM, que permitiam um upgrade mais fácil.

Dá para fazer upgrade de RAM manualmente no iMac Pro, mas é preciso desmontar o computador quase que por inteiro para fazer isso. Só não é possível dizer o mesmo da CPU. O processador parece ter sido feito especialmente pela Intel para o iMac Pro, e por isso a placa-mãe não deve oferecer suporte a outros modelos não-personalizados de processadores.

Mas, segundo o iFixit, upgrades de processador são “teoricamente possíveis”. A fonte de alimentação interna da máquina tem 500 Watt de potência e fica bem escondida, abaixo da placa lógica. Por fim, a tela de resolução 5K não é mesmo novidade: trata-se da mesma usada no iMac comum de 27 polegadas, e é fabricada pela LG.

A conclusão do desmanche é de que o iMac Pro é bem difícil de ser reparado em caso de danos internos. A GPU não pode ser trocada manualmente de maneira fácil, já que ela é soldada e personalizada pela Apple. É possível trocar CPU, RAM e SSDs, mas tudo é mais difícil do que em um iMac ou PC comuns.

O iMac Pro pode custar até R$ 96 mil no Brasil se você escolher as especificações máximas: processador Intel Xeon W (18 núcleos) de 2,3 GHz; 128 GB de memória; 4 TB de SSD; placa de vídeo Radeon Pro Vega 64 com 16 GB de memória; mais o mouse Magic 2 e o teclado Magic Trackpad 2. O computador ainda não está disponível para a venda por aqui.