A Netflix divulgou ontem uma série de dados sobre os hábitos de uso de seu serviço de streaming de filmes e séries num encontro com repórteres na sua sede em Los Gatos, na Califórnia. Segundo os dados da empresa, embora a maioria de seus usuários se tornem assinantes por meio de celulares ou PCs, 70% das horas assistidas do serviço vem de TVs.

Esse dado da Netflix vai de encontro a uma tendência global de movimento de vídeos para celulares e tablets. Dois outros 30% de horas de Netflix assistidas no mundo, apenas 15% vem de celulares ou tablets; os 15% restantes são vistas a partir de computadores ou notebooks. A imagem abaixo ilustra essa situação.

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No entanto, a imagem mostra também que a maioria das pessoas “migra” para as televisões após assinar o serviço. A assinatura é feita majoritariamente pelo computador (40% das vezes) ou pelo celular (30%). As TVs, nesse momento, são menos importante, respondendo por apenas 5% das assinaturas, e os tablets respondem pelos 5% restantes.

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Essa proporção é praticamente constante entre todos os tipos de vídeos contidos na Netflix, desde séries até especiais de comédia. Há algumas variações sutis: programas infantis, por exemplo, tê uma proporção acima da média de visualização por TVs e abaixo da média para celulares e tablets; programas de ficção científica, por outro lado, costumam ser vistos com mais frequência que o normal em computadores.

Mas naturalmente há diferenças regionais entre a maneira como as pessoas assistem ao serviço. Na tailândia, por exemplo, apenas 35% das horas assistidas no serviço vem de televisores. O resto é dividido entre computadores (29%), celulares (22%) e tablets (14%). A imagem abaixo mostra as diferenças regionais entre alguns países na maneira como eles assistem e assinam a Netflix:

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Fora isso há também hábios locais que afetam esses números. Segundo o CNET, por exemplo, na Coreia do Sul os “horários de pico” da Netflix coincidem com os do transporte público, já que muita gente assiste ao serviço indo ou voltando do trabalho. No México, por outro lado, praticamente todo mundo que vê Netflix usa Wi-Fi, o que se reflete em mais audiência nas horas em que as pessoas estão em casa.

Como o Recode nota, no entanto, a média da Netflix acaba sendo distorcida por causa de que quase 50% dos seus assinantes estão nos Estados Unidos. De acordo com os últimos números revelados pela empresa, eram mais de 110 milhões de assinantes no mundo todo, o que equivale a cerca de 55 milhões de assinantes estadunidenses – mais de um sexto da população do país.