Hoje em dia, os smartphones contam com assistentes virtuais que prometem facilitar o dia a dia dos usuários. Porém, nem todas as empresas tiveram sucesso com os seus sistemas de inteligência artificial; a Siri, da Apple, por exemplo, foi uma das primeiras assistentes lançadas no mercado, mas ainda apresenta problemas.
Em entrevista para o Quartz, o cocriador da Siri, Norman Winarsky diz estar desapontado com o sistema e que as capacidades atuais da inteligência artificial ficaram aquém de suas previsões anteriores para o assistente.
A Siri é capaz de configurar lembretes, verificar a previsão do tempo, enviar mensagens textos, entre outras tarefas corriqueiras. No entanto, ela não é capaz de prever o que o usuário precisa, além de não ser muito boa na parte de comunicação.
Winarsky reconhece que existe uma certa dificuldade de prever o ritmo dos avanços tecnológicos, mas também culpa a Apple pelo atraso da assistente. O cocriador afirma que o objetivo inicial era de que a Siri funcionasse como um concierge de viagens e entretenimento. Ou seja, se o usuário chegasse em um aeroporto e descobrisse que o voo fosse cancelado, a Siri, por exemplo, buscaria automaticamente horários alternativos ou disponibilidades em hotéis.
Quando a Apple comprou a startup SRI International, que estava desenvolvendo a Siri, no início de 2010, mudou o foco da assistente para ajudar os usuários em todos os pontos da vida, o que dificulta o aperfeiçoamento do sistema. “Estes são problemas difíceis e quando você é uma empresa lidando com um bilhão de pessoas, os problemas ficam mais difíceis ainda“, afirma Winarsky. “Eles provavelmente estão procurando um nível de perfeição que não conseguem“.
Esta post foi modificado pela última vez em 12 de março de 2018 15:35