Diversos aplicativos solicitam autorização para saber a localização do usuário e prover diferentes recursos. O Google Maps, por exemplo, contém todas as informações de locais onde seu usuário esteve com o smartphone e faz um mapa com essas localidades para consultas futuras. Já o Waze sabe onde uma pessoa estacionou seu carro. Enquanto isso, o Facebook, Twitter e o Instagram podem sugerir locais próximos ao usuário no momento em que postam uma foto.

Apesar de bastante úteis, o que muitos usuários não sabem é que estes recursos podem colocar a segurança do usuário em risco ao expor os locais frequentados diariamente. Esse nível de detalhes, que ajuda tanto os usuários tem um lado problemático.

Um bom exemplo disso foi um caso que ficou famoso na mídia, quando o aplicativo esportivo Strava, usado para monitoramento de rotas para corridas e ciclismo, fez um mapa dos caminhos mais utilizadas pelos usuários em todo o mundo. Essa informação, apesar de bastante útil aos esportistas, acabou sendo perigosa, pois bases militares nas quais soldados treinavam com smartwatches e celulares com a geolocalização ligada acabaram revelando os trajetos de treino que os soldados faziam em tempo livre.  Provavelmente, estes soldados não consideraram que a geolocalização poderia trazer um potencial risco ao seu trabalho.

Os riscos para civis, obviamente, são bastante diferentes. No entanto, criminosos que monitorem suas vítimas online podem saber quando uma pessoa está viajando, que restaurantes, universidades ou academias frequentam, e mais importante, qual estilo de vida possuem, tudo isso por meio de simples posts públicos em redes sociais contendo sua localização ou até por perfis públicos em aplicativos esportivos.

Apesar de todos os riscos, a geolocalização é uma ferramenta potente e importante e que pode auxiliar o dia a dia de todos nós. Uma dica de ouro para poder utilizá-la com mais segurança é sempre tomando o cuidado de desativá-la nos momentos em que não for necessária.
 
Outro ponto fundamental é sempre verificar as autorizações que os aplicativos pedem ao serem instalados. Por exemplo, aplicativos de alarme para acordar ou de lanterna não precisam necessariamente saber sua localização, seu histórico de ligações ou ter acesso aos arquivos salvos na memória do celular. Nestes casos, é melhor desconfiar da segurança do aplicativo.

Além disso, é muito importante que os usuários sempre percebam para que público seus posts nas redes sociais estão disponíveis, se para amigos, amigos e conhecidos ou público. Evitar ao máximo possível posts públicos que mostrem onde você está e qual sua condição financeira ou estilo de vida, pode ajudar a evitar problemas sérios.

O mais importante, no entanto, é sempre saber que nenhuma pessoa é desinteressante para um criminoso atento, que busca suas vítimas online. E, tendo isso em mente, tomar cuidados básicos para não se expor a problemas, ao mesmo tempo em que consegue aproveitar benefícios que a tecnologia pode trazer, como a geolocalização.