O Facebook sofreu mais um revés envolvendo a privacidade de seus usuários. Agora o aplicativo Onavo, desenvolvido por uma empresa israelense comprada pela companhia em 2013, foi removido da App Store por violar os termos de coletas de dados impostos pela Apple.

Como aponta o Wall Street Journal, o aplicativo foi removido pelo próprio Facebook, após discussão com a Apple sobre o assunto. Quem for procurar pelo Onavo na App Store, não vai mais encontrá-lo, mas quem já baixou poderá continuar usando o serviço no iOS.

A questão do Onavo data do início de 2018, embora o aplicativo seja mais antigo que isso. O serviço prometia uma VPN grátis capaz de proteger a privacidade dos usuários e bloquear sites prejudiciais. No entanto, por ser um aplicativo do Facebook, todo o tráfego acaba monitorado para alimentar o banco de dados da companhia sobre os usuários, permitindo à empresa entender o que o público faz em seus celulares enquanto não estão usando os serviços do próprio Facebook.

A Apple adotou uma política mais rígida em relação à coleta de dados por parte dos aplicativos recentemente. Os termos de uso da App Store dizem claramente que os aplicativos não podem coletar dados e compartilhá-los com terceiros para fins que não sejam melhorar o aplicativo ou publicidade. Como o Onavo repassa dados para o Facebook para monitorar o que o público faz online, o app foi removido.

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No Google Play, no entanto, o aplicativo continua sendo distribuído livremente, refletindo uma postura mais relaxada do Google em relação à privacidade. A descrição deixa clara as práticas do Onavo. “Como parte do oferecimento destes serviços, o Onavo pode coletar seu tráfego de dados móvel. Isso nos ajuda a melhorar e operar o serviço Onavo analisando seu uso de sites, aplicativos e dados. Por sermos parte do Facebook, nós também usamos essas informações para melhorar os produtos e serviços do Facebook, entender quais produtos e serviços as pessoas valorizam e construir experiências melhores”.