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A União Europeia pode em breve adotar inteligência artificial para proteger as suas fronteiras. O bloco anunciou nesta quarta-feira, 31, o iBorderCtrl: um sistema informatizado que promete checar os dados dos viajantes e detectar mentiras. O software estará em testes fechados na Grécia, Hungria e Letônia em breve.
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De acordo com a União Europeia, o novo sistema funcionará em diferentes etapas. Antes da viagem, o indivíduo deverá carregar fotos do passaporte, provas de recursos financeiros e responder questões personalizadas a um agente virtual a partir de uma webcam. Enquanto isso, o iBorderCtrl analisará as micro expressões faciais do viajante para detectar se este está mentindo.
Na segunda etapa, já na Europa, as pessoas serão divididas duas categorias. As de baixo risco farão apenas uma checagem mais breve das informações, enquanto as marcadas pelo sistema deverão passar por um controle mais rígido. Neste caso, guardas usarão dispositivos portáteis para checar documentos, fazer identificação biométrica (impressão digital, leitura facial e das veias da palma da mão) e uma nova avaliação do nível de risco.
Por enquanto, o teste-piloto do iBorderCtrl será feito apenas em laboratórios antes de ser adotado em situações reais. O motivo para isso é que a tecnologia ainda possui um nível de precisão de apenas 76%, sendo que a União Europeia deseja alcançar 85%. Além disso, o bloco garante que não há planos de impedir pessoas de entrar em seu território somente pelo uso da inteligência artificial.
Caso seja bem-sucedido, o iBorderCtrl pode agilizar as verificações de identidades nas fronteiras da Europa. Segundo as autoridades, mais de 700 milhões de pessoas entram nos países do velho continente todos os anos e os números devem continuar crescendo. Entretanto, o uso de inteligência artificial como forma de controle ainda deve gerar muitos protestos e desconfiança.
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