Desde o ano passado, o público que tem o hábito de montar PCs ou que procurou algum computador ou notebook já montado pode ter se deparado com um novo nome de componente: Optane. É uma tecnologia introduzida pela Intel em 2017, mas que muito pouca gente sabe o que faz e como ela é capaz de acelerar um PC.

Para começar, é importante saber o que é Optane. Trata-se de um tipo de armazenamento novo, muito mais rápido do que os HDs e SSDs que estamos acostumados a ver nos computadores. Só que ele não tem sido usado desta forma nas máquinas que usamos no dia a dia por um motivo simples: preço.

Atualmente, um pente de memória Optane de apenas 32 GB pode ser encontrado no mercado brasileiro por R$ 350, então imagine o quanto não custaria um drive de 500 GB ou 1 TB com essa tecnologia. Por isso, a tecnologia Optane por enquanto só é usado como armazenamento em servidores, por empresas que realmente dependem desse alto desempenho na leitura e gravação de dados.

Então, para que serve um drive Optane no seu PC se não para guardar seus dados? A ideia da Intel é que o Optane, por enquanto, seja usado como cache de um HD ou SSD de maior capacidade, fazendo um meio-de-campo entre o armazenamento, a RAM e o processador, agilizando os processos do computador.

publicidade

Mas como funciona? Antes de tudo, é necessário voltar ao beabá da computação. O HD ou SSD funcionam como armazenamento, guardando todos os arquivos, mas com velocidades de leitura baixas. Para compensar a lentidão, dados mais importantes são guardados na memória RAM, que é extremamente veloz, e pode fornecer as informações ao processador o mais rápido possível, agilizando a tarefa. O problema é que a memória RAM é volátil e todas as informações desaparecem quando o PC é desligado. Ou seja: ela não pode guardar informações de longo prazo sobre os programas que você mais costuma usar no seu computador e quais dados você acessa com mais frequência para agilizar o processo. A memória também nunca agilizará o tempo de inicialização do PC justamente por isso.

O Optane da Intel promete ser tão rápido quanto a memória DRAM, mas mantendo a estabilidade de dispositivos de armazenamento como o seu HD mecânico ou SSDs com a tecnologia NAND.

Quando equipado em um computador, a memória Optane não tem como objetivo substituir nem o disco nem a RAM (pelo menos não por enquanto). O drive puxa informações do dispositivo de armazenamento e guarda os dados acessados mais regularmente, como a RAM, para despejar mais rapidamente no processador. A diferença é que ele vai guardar as informações quando um programa for fechado ou o computador desligado. Tudo isso deve permitir que os dados sejam disponibilizados mais rapidamente quando estiverem alocados no Optane. E, como as informações ficam facilmente acessíveis e estáveis, o dispositivo também deve acelerar o processo de inicialização do PC.

Esse é um primeiro passo apenas. A ideia é que o Optane deixe de ser apenas um “acessório” para ser um substituto efetivo do seu HD ou do seu SSD. Isso pode demorar um pouco, pois é uma tecnologia nova e extremamente cara. Com o passar do tempo, o custo por gigabyte deve cair, tornando mais acessível a ideia de ter um computador com o armazenamento totalmente Optane, mas por enquanto a opção de usá-lo como cache é a mais viável.