Tudo o que amamos na civilização é produto da inteligência. Portanto, ampliar nossa inteligência humana com a artificial tem o potencial de ajudar a civilização a prosperar como nunca antes – desde que consigamos manter a tecnologia benéfica. Essa frase é de Max Tegmark, professor do MIT e co-fundador do Future of Life Institute (FLI), em português, Instituto pelo Futuro da Vida.

A instituição conta com a participação de estudiosos das principais universidades americanas (Oxford, Havard e Cambridge), além de nomes como Elon Musk (SpaceX e Tesla Motors) e Jaan Tallinn (Skype). O objetivo da iniciativa é apoiar pesquisas para a humanidade desenvolver visões otimistas para o futuro, considerando as novas tecnologias e seus desafios.

O conceito Inteligência Artificial vem dos anos 50 e foi batizado durante a Conferência de DarthMouth, da qual participaram os principais expoentes tecnológicos da época. Lá também chegaram à máxima desse campo de pesquisa. A frase que define IA é: “cada aprendizado ou outra inteligência pode ser descrita de forma tão precisa que uma máquina pode ser criada para simulá-lo”.

Em linhas gerais, a Inteligência Artificial está diretamente relacionada às máquinas. Ela pode ser percebida em diversas áreas como psicologia, matemática, TI e neurociência. O termo diz respeito à capacidade de “raciocínio” dos equipamentos, espelhado no funcionamento do cérebro humano.
Tegmark traz importantes reflexões sobre Inteligência Artificial e quais seriam os possíveis impactos na sociedade. Em um dos seus artigos, o especialista afirma que as pessoas controlam agora o planeta não porque são mais fortes, rápidas ou maiores, mas porque são as mais inteligentes.

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O mesmo pode ser aplicado às empresas. Novas premissas estão norteando o universo dos negócios. Alguns dos líderes de seus segmentos já não são os gigantes, mas sim aqueles que estão mais conectados e atentos à inovação. A utilização da Inteligência Artificial no mundo corporativo, por exemplo, permite que os gestores tenham acesso a uma infinidade de dados e análises. Isso faz com as decisões sejam baseadas em informações concretas o que, por consequência, aumenta consideravelmente a possibilidade de serem mais precisas e lucrativas.

Muitas vezes essa tecnologia passa despercebida no dia a dia. Porém, ela mais está presente do que parece na vida das pessoas. O aplicativo de música a utiliza para fazer uma sugestão para um determinado perfil de usuário. Já o app de trânsito “percebe” a rota que o motorista mais faz para que, numa próxima oportunidade, trace um melhor trajeto. Outros casos poderiam ser citados como os assistentes pessoais virtuais, os tradutores e até mesmo as redes sociais.

Vale ressaltar que, para que isso aconteça, a Inteligência Artificial requer uma série de condições para desempenhar seu trabalho de forma eficaz e eficiente. Alguns quesitos são fundamentais, por exemplo:

• Infraestrutura – é necessária uma grande capacidade computacional para processar e analisar a imensa quantidade de dados existentes e assim criar insights. A cloud computing, ou computação em nuvem, é a tecnologia que possui essa característica.

• Organização da base de dados – não há como ter inteligência artificial sem que os dados estejam organizados. É preciso “limpar a base”, importar os dados e armazená-los de uma forma eficiente, de preferência, utilizando a nuvem.

• Cultura Data Driven – o termo data driven está cada vez mais difundido nas organizações. O objetivo é gerar a otimização de processos e estratégias para obter dados específicos e assim facilitar a compreensão daquele cenário e identificação de tendência. O Data Driven é comumente utilizado pelo marketing e áreas de gestão de riscos das empresas. Se as companhias conseguirem implantar esse mindset em suas tarefas, a inteligência artificial certamente será uma aliada estratégica.

A Inteligência Artificial chegou para transformar ainda mais à forma como vivemos. Com ela, crescem as oportunidades e desafios. Para as empresas, trata-se de uma grande possibilidade para sair na frente, ajudando a minimizar erros e implementar sistemas de análise de infraestrutura que permitem prever falhas e melhorar o trabalho das equipes de campo.

Atualmente, há experts que afirmam que, em um futuro não tão distante, a IA pode ter um desempenho melhor do que o trabalho de humanos para todas as tarefas cognitivas. Isso porque a inteligência artificial pode ser útil às empresas em diversos aspectos, pois permite a verificação, segurança e controle daquele planejamento adotado praticamente em tempo real. O potencial disso é incrível.

Entretanto, o papel do ser humano é, e sempre será, indispensável. As máquinas realizam tarefas que são programadas para fazer. As ferramentas que utilizam tecnologias como a Inteligência Artificial têm o propósito de complementar a inteligência do homem e não substituí-la (mesmo supondo que isso fosse possível).

A Inteligência Artificial, assim como o avanço tecnológico, é fantástica. Inclusive, pode ser essencial para acabar com as desigualdades sociais e econômicas, erradicar doenças e, por que não, diminuir a pobreza mundial. A questão está em como lidar com o poder que ela nos dá.

Em sua genialidade, o consagrado Stephen Hawking disse: “o crescimento da inteligência artificial pode ser o melhor, ou o pior, que já aconteceu à raça humana”. Veremos qual será a opção escolhida pelas empresas e pela humanidade.