A Samsung planeja fechar um de suas fábricas de smartphones na China nas próximas duas semanas. Um movimento que pode indicar uma retração da empresa no país, já que suas vendas têm sido consideradas insatisfatórias na região.

A fábrica em questão está localizada em Tianjin, cidade portuária, próxima ao norte de Pequim. A previsão é que ela seja desativada por completo até o dia 31 de dezembro. Cerca de dois mil funcionários foram notificados da decisão. Analistas estimam que a unidade produza um terço dos telefones fabricados na China. A companhia sul-coreana também tem uma segunda fábrica de celulares no país, mais precisamente na cidade de Huizhou.

publicidade

Ao jornal Wall Street Journal, um porta-voz da empresa empresa afirma que “a China continua a ser um mercado importante para a Samsung”. Além disso, a companhia se comprometeu a continuar investindo em suas fábricas chinesas. A Samsung e suas afiliadas produzem baterias, chips de memória e outros componentes eletrônicos no país.

Até cinco anos, a Samsung tinha cerca de 20% das vendas de smartphones do mercado chinês. Mas a sua participação tem caído constantemente, e agora representa menos de 1%, de acordo com a consultoria Counterpoint Research. Rivais chineses, como a Huawei e a Xiaomi Corp., abocanharam o market share da Samsung, oferecendo muitos dos mesmos recursos dos telefones da marca, mas a preços mais baixos.

publicidade

No entanto, a decisão de fechar a fábrica parece não estar relacionada aos esforços dos EUA para convencer seus aliados, incluindo a Coréia do Sul, a restringir suas negociações com a China no setor de tecnologia em meio a uma disputa geopolítica envolvendo a gigante chinesa de telecomunicações Huawei Technologies Co. maior concorrente da Samsung.

Embora a paralisação da fábrica de Tianjin pareça não estar relacionada à luta EUA-China pela Huawei, ela ocorre quando empresas como a Samsung se encontram no meio das crescentes tensões entre as duas maiores economias do mundo. Questões tributárias e preocupações geopolíticas podem afetar empresas estrangeiras, como a Samsung, que tem operações de fabricação significativas em território chinês.