No início desta semana, a publicação do ex-estagiário da Microsoft, Joshua Bakita, falando sobre a pressão que o Google faz sobre as empresas que desenvolvem navegadores alternativos ao Chrome movimentou a indústria. Depois de Bakita dizer que uma mudança no código do YouTube foi feita propositalmente para prejudicar a experiência dos usuários com a plataforma de vídeos em outros navegadores, tais como Edge e Firefox, agora é a vez do Google falar sobre a questão.

No último mês, a Microsoft anunciou a transição do seu navegador Edge para o Chromium. E, apesar da desenvolvedora do Windows não dar muitos detalhes sobre os motivos desta mudança, sabemos por antecipação que o navegador padrão da Microsoft estava ficando para trás. Segundo Bakita, um dos motivos para isso estava relacionado às constantes puxadas de tapete do Google em relação ao código de alguns dos seus principais serviços, tal como o YouTube: “Eles (Google) recentemente adicionaram um div vazio nos vídeos do YouTube que fazia com que nossa aceleração de hardware não funcionasse (algo que deve ter sido corrigido na atualização de outubro do Windows 10)”, afirmou ele em um thread do canal Ycombinator.

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Agora, a equipe do The Verge publicou uma declaração do time do Google contestando as alegações do ex-estagiário da Microsoft: “O YouTube não adiciona código projetado para derrotar as otimizações de outros navegadores e funciona rapidamente para corrigir erros quando eles são descobertos”, disse um porta-voz do YouTube à publicação. Ainda foi informado que a gigante das buscas tenta sempre manter uma boa relação com as outras empresas, visto que estão sempre trabalhando para melhorar os serviços para a web como um todo, citando o próprio projeto de código aberto Chromium.

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Como disse anteriormente, não é uma novidade que a Google desempenhe um papel de pressão sobre a concorrência, não apenas em relação ao seu navegador, que é o mais usado do mundo, mas também em relação a serviços como o Google Maps ou o Google Buscas. A integração destes software ao Android, o sistema operacional da Google, ajuda e muito nesse monopólio de serviços de internet.

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A Microsoft ainda não falou sobre as alegações do seu ex-estagiário, mas afirmou que o Google é um parceiro importante e que estão felizes em poder trabalhar juntos no futuro do Microsoft Edge”.