A Xiaomi se tornou uma das empresas mais queridas pelo público brasileiro, mesmo sem representação oficial no Brasil. Isso cria uma situação curiosa em que o público tem interesse nos produtos da empresa, mas não sabe exatamente o que ela tem a oferecer, nem como adquirir seus aparelhos.
Pensando nisso, o Olhar Digital selecionou cinco dos celulares mais interessantes para quem quiser adquirir um smartphone da Xiaomi, e vamos também explicar quais são as características mais importantes de cada um deles.
O Pocophone F1 é um dos celulares de destaque da Xiaomi. Isso porque ele tem configurações dignas de celulares tops de linha (igualando o Galaxy Note 9 em processador). O modelo foi o primeiro de uma submarca da Xiaomi, e junta especificações acima da média por um preço consideravelmente abaixo dos principais rivais.
O celular oferece processador Snapdragon 845 – o mesmo usado no Samsung Galaxy Note 9 – e 6 GB de memória RAM. O aparelho da Xiaomi ainda oferece outras duas opções de configuração. A mais poderosa conta com 8 GB de RAM e 256 GB de capacidade para armazenamento. Um ponto forte do Pocophone F1 é sua câmera, que iguala o iPhone 8 em capacidade segundo análise do site especializado DxOMark, mesmo custando muito menos.
Em nossa pesquisa, o Pocophone, com um frete caríssimo da China, custa cerca de R$ 1.700, o que é interessante quando comparamos com o que o mercado brasileiro oferece por esse preço. É, por exemplo, muito melhor do que um Moto G7 Plus.
Confira a ficha técnica resumida dele abaixo:
O Mi Mix 3 é o celular da Xiaomi para quem valoriza design e desempenho. Ele é o terceiro na linha de modelos de “tela infinita” que conta com dois grandes destaques: display deslizável e 10 GB de RAM. A câmera frontal dupla do aparelho fica escondida atrás da tela. Basta um deslize, como aquele gesto de celulares antigos, para revelar os dois sensores. Ao contrário de outros chineses como o Vivo Nex e o Oppo Find X, o slide não é motorizado.
O Mi Mix 3 tem tela de 6,4 polegadas OLED FHD+ (2.340 x 1.080); processador Snapdragon 845; opções a partir de 6 GB de RAM; até 256 GB de armazenamento; bateria de 3.200 mAh; e câmeras duplas frontal (24 MP + 2 MP) e traseira (12 MP + 12 MP).
Nos nossos testes, foi possível orçar a versão mais básica do Mi Mix 3 por R$ 2.800 (com o frete incluso), o que não é exatamente barato, mas é consideravelmente mais acessível do que as opções que estão no Brasil de forma oficial, considerando que sua competição seria aparelhos como o iPhone XS e o Galaxy Note 9.
A ficha técnica resumida:
O Redmi Note 7 é um celular para quem procura um preço mais acessível e desempenho que não faz feio. Alimentado por um processador Snapdragon 660, mas não é a versão mais recente da série 600 da Qualcomm. E, como é de costume da linha Redmi, o tamanho da bateria é sempre um plus: são 4000mAh. Ele também conta com opções de 3 GB, 4 GB ou 6 GB de memória RAM
Sua tela de 6,3 polegadas tem resolução de 2340 x 1080 pixels. A configuração do módulo da câmera traseira consiste em uma lente principal de 48MP, com abertura f/1.8 (Samsung GM1) e uma lente secundária de 5MP. A Xiaomi diz que a câmera principal é capaz de usar o recurso conhecido como “pixel binning” para otimizar as imagens, contudo, como essa função aumenta efetivamente o tamanho do pixel, a resolução das imagens ficará em 12MP. Na parte da frente, temos uma câmera de 13MP para selfies e vídeos.
Com o frete incluso, a versão mais barata Redmi Note 7, com 3 GB de RAM, foi orçada nos nossos testes por R$ 1.300, o que também é um preço interessante, mas que pode sair da zona aceitável de preço dependendo da tributação na alfândega.
A ficha técnica resumida:
Olhando para as especificações técnicas, o Xiaomi Mi 9 é um típico smartphone Premium. O aparelho é embalado pelo novo processador da Qualcomm, o Snapdragon 855, possui 6GB de memória RAM, e armazenamento interno de 64GB e 128GB. A bateria é de 3.300mAh.
A tela possui 6,39 polegadas, é AMOLED e Full HD+. A tecnologia do vidro é uma das mais resistentes do mercado, Gorilla Glass 6, usa entalhe em forma de gota e a fabricante incorporou o sensor de impressão digital ao display.
Em relação ao Mi 8, o novo smartphone topo de linha da Xiaomi possui um botão físico para ativação do Assistente de Voz (quem diria que a Samsung ia criar tendência?). O mais bacana disso, é que, ao contrário da Samsung, a Xiaomi oferece a chance de usar o botão como atalho para outros recursos do sistema.
O Mi 9 foi orçado, em sua versão mais básica, por R$ 2.360, o que é um valor muito bom pelo que oferece em comparação com a média dos tops de linha brasileiros.
A ficha técnica:
O Mi A2 é o aparelho para quem é fã do Android puro e não curte muito as modificações da Xiaomi. Ele é um celular intermediário premium com processador Snapdragon 660, câmera dupla na traseira com sensores de 12 e 20 megapixels, câmera frontal de 20 MP com flash.
O dispositivo faz parte do programa Android One, do Google, o que garante não só um sistema operacional sem modificações drásticas, mas também atualizações mais rápidas.
Há versões do aparelho com até 128 GB de armazenamento e até 6 GB de RAM. A tela de 6 polegadas vem sem entalhe e tem proporção 18:9 com resolução Full HD.
O Mi A2, nos nossos testes, com 4 GB de memória RAM, pode ser adquirido por R$ 1.100, o que também é um preço muito bom para um aparelho que oferece processador Snapdragon 660.
A ficha técnica:
Conhecer os celulares é só uma parte da equação. A segunda parte da tarefa é adquirir os aparelhos, o que pode ser meio confuso.
Para obter o melhor preço, a opção é comprar em um site chinês mesmo, como GearBest e BangGood. Essas são duas das páginas mais populares entre os fãs dos smartphones da China, e eles fazem questão de facilitar o trabalho do brasileiro fornecendo o pagamento por meio de boleto bancário. O parcelamento no cartão de crédito, no entanto, normalmente não é uma opção.
O ponto negativo de importar o celular da China é que existem vários entraves no meio do caminho: a tributação pode aumentar consideravelmente o custo final do celular, e o tempo de entrega também pode se tornar um transtorno. Além disso, a Anatel também definiu que pode exigir uma taxa de homologação para produtos que ainda não tenham sido certificados no país, como é o caso de alguns dos modelos mencionados neste texto; neste caso, pode haver uma cobrança extra de R$ 200 adicionada ao custo final.
É interessante observar, no entanto, que alguns sites oferecem seguro para a entrega: você paga uma taxa e, se o produto for parado e tributado na alfândega, você é estornado sobre o excedente. Da mesma forma, alguns também oferecem garantia de entrega em um prazo pré-determinado ou seu dinheiro de volta.
A outra opção, mais simples e mais cara, é adquirir os aparelhos diretamente de um importador, que incluirá uma margem de lucro na operação. No entanto, essa é uma opção mais simples: o celular normalmente já está no Brasil, disponível para pronta entrega, e é só comprar e receber, sem precisar passar por processo de alfândega, e com a vantagem de oferecer parcelamento em boa parte dos casos.
Existem revendedores operando no marketplace da Amazon Brasil, por exemplo, e também no Mercado Livre. Nestes casos é sempre bom dar uma olhada na reputação do vendedor antes de comprar, além de conferir se a empresa realmente tem os produtos disponíveis para pronta entrega. Existem empresas que importam o celular sob demanda e mandam entregar na sua casa, e você acaba tendo que lidar com eventuais taxas de importação, então vale a pena estar atento em relação a isso.
Esta post foi modificado pela última vez em 7 de março de 2019 16:34